Veja por que as ações da Natura dispararam após prejuízo e se vale investir
As ações da Natura (NTCO3) são a maior alta do dia de hoje. A empresa divulgou na noite de segunda-feira (8) que seu prejuízo aumentou. Mas, por volta das 12h30, os papéis da empresa subiam 12,33% para R$ 12,66.
O que está acontecendo
Nos últimos 12 meses, a Natura acumula perdas de 18,11%. Mas com a alta de hoje, ela está positiva no ano com alta de 17,39%. Hoje, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, está em alta de 1,17%. No ano, a queda é de 3,36%.
A Natura teve prejuízo no primeiro trimestre do ano. A perda foi de R$ 652,4 milhões.
Mas os resultados não foram totalmente ruins. A empresa apresentou números que podem representar uma recuperação, explica Paulo Luives especialista da Valor Investimentos. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 841,7 milhões, 41,3% maior que no mesmo período de 2022. O faturamento teve queda de 2,8%, mas, descontando a inflação, houve alta de 3,4%.
A empresa está sofrendo com o pagamento de juros altos. "O que prejudicou os resultados foram despesas financeiras", diz Luives.
Vendeu operações com prejuízo. Em abril, depois de cerca de seis meses de negociações, a Natura vendeu a marca de luxo Aesop para a francesa L'Oréal, que vai pagar US$ 2,52 bilhões.
O que fazer com a ação
Para o Goldman Sachs, não é hora nem de comprar nem de vender ações da empresa. "Embora saudemos a lucratividade melhor do que a esperada, a geração de fluxo de caixa permanece relativamente fraca", publicou o Goldman Sachs, sobre os resultados da empresa.
A empresa, segundo o GS, pode perder representatividade no exterior. "Embora acreditemos que a venda da Aesop daria à empresa a flexibilidade financeira necessária para conduzir mudanças estruturais nas marcas remanescentes, a reviravolta também traz riscos", publicou o banco em documento para acionistas.
O BTG também tem recomendação neutra. O preço alvo é de R$ 16, o que geraria 11,09% de ganho.
A XP discorda e recomenda a compra. A corretora prevê um preço alvo de R$ 22 até o fim do ano, com potencial de valorização de 76%. "Nossa visão positiva é baseada em um sólido posicionamento de mercado, uma estrutura robusta de pesquisa e desenvolvimento, que leva a produtos inovadores e diferenciados", publicou a XP.
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