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Com Lucas Lucco como sócio, startup de mercadinhos Buybye expande atuação

Evandro Maximiano_CEO da BuyBye e Zaitt Imagem: Divulgação

Marcela Schiavon

Colaboração para o UOL, de Santo André (SP)

04/09/2024 12h00

Quando o assunto é pressa em reabastecer os produtos de casa, ter uma loja autônoma no condomínio pode resolver problemas. Esse é o objetivo da BuyBye, criada há três anos. A empresa de minimercados vende produtos para refeição, como congelados, produtos de limpeza, perfumaria, higiene, bomboniere e até itens para pets. Originalmente uma startup de varejo focada em soluções autônomas, está agora expandindo sua atuação no mercado e quer triplicar de tamanho nos próximos anos.

A empresa

A BuyBye começou como uma startup de TI. Com o tempo, a empresa evoluiu para o conceito de lojas autônomas e hoje tem lojas próprias e fornece tecnologia para outras marcas de varejo. A Buybye está presente em Alphaville (SP), Guarulhos (SP) e em outras localidades no Brasil, como Goiás, Minas Gerais, Brasília e Rio de Janeiro. O foco são os grandes centros urbanos, por causa da sua logística.

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A partir do segundo semestre de 2024, ela pretende expadir por meio de franquias. A previsão é saltar dos atuais 48 pontos de venda para 150 até o final deste ano. Ou seja, triplicar de tamanho.

O CEO Evandro Maximiano, 38 anos, começou a trabalhar aos 12 anos, ajudando o pai a fazer pacotes de mercado. Começou a cursar Engenharia da Computação e Economia, mas não chegou a terminar os cursos.

Fez carreira no Bradesco, e deixou o banco na posição de gerente, quando assumiu o cargo de CEO na expansão de uma loja de autopeças. Depois dessa experiência, seguiu o caminho do empreendedorismo, também ajudado por essa holding familiar de autopeças.

A empresa ainda não recebeu nenhuma rodada de investimentos aberta. Mas, entre seus sócios e investidores estão Lucas Lucco e Julian Tonioli, um dos investidores anjos da empresa, que também são membros do conselho.

Antes da pandemia, sua ideia inicial era que a Buybye se posicionasse como uma empresa de delivery. O foco do iFood e Rappi na época eram as lanchonetes. Mas identificou que as tecnologias de mercado e varejo estavam fracas e decidiu mudar o rumo, focando em atender essa necessidade crescente.

De olho na expansão

A abertura de franquias é o passo mais recente de um plano de expansão que começou no ano passado. A BuyBye deu um grande salto em 2023 ao incorporar a Zaitt, pioneira em mercados autônomos na América Latina. A Zaitt havia sido comprada pela Sapore, multinacional brasileira de alimentação, e que agora é sócia minoritária da BuyBye. Todas as lojas Zaitt ativas foram convertidas em BuyBye. Embora a Zaitt fosse maior no varejo, a tecnologia da BuyBye trouxe mais valor ao negócio.

Outro passo importante no processo de consolidação da startup foi a sociedade fechada com o artista e empreendedor Lucas Lucco, no início de 2024. O cantor também já atuou como modelo, diretor e roteirista, e possui uma rede de academias. Essa parceria começou durante a inauguração de uma operação em Alphaville, onde Lucco demonstrou interesse em investir em mercados autônomos. Além do investimento, Lucco participa do conselho da empresa e é responsável pelo marketing. Embora as academias não tenham relação direta com o mercado de mercados autônomos, segundo o CEO, a "rede de contatos" de Lucas foi um diferencial.

Por fim, está a recente parceria com a Divina Terra — rede de franquias de alimentação saudável — para a criação da Divina Go. A nova marca será a primeira de mercado autônomo de alimentação saudável da América Latina, e terá um mix reduzido das lojas Divina Terra.

Por que abrir franquias

A BuyBye atingiu um estágio de maturidade, com um modelo de negócios já validado, e por isso decidiu expandir por meio de franquias. O plano é atingir 150 lojas, entre próprias, franqueadas e de outras marcas, até dezembro de 2024. Com a expansão, a empresa quer atingir o breakeven, ou seja, igualar despesas e receitas e sair do negativo.

Minha vida foi transformada pela prática empreendedora, e é esse impacto que quero oferecer às pessoas, permitindo que elas compartilhem desse propósito e atinjam resultados semelhantes. Nossa entrada em franquias visa inspirar outros a seguir esse caminho
Evandro Maximiano, CEO da Buybye

A empresa diz que irá oferecer suporte para todas as etapas. Isso vai desde a escolha do ponto ideal até a inauguração da loja, além de monitoramento, reabastecimento e inteligência de dados para relacionamento com o cliente. O modelo é aplicável a quase todas as cidades do Brasil, embora a empresa foque seus esforços em grandes centros urbanos de São Paulo.

Para abrir uma unidade Buybye, o investimento inicial é de R$ 25 mil — já incluindo taxa de franquia — valor que pode chegar a até R$ 200 mil, de acordo com o formato de loja escolhido. O plano é gerar um faturamento médio de R$ 36 mil por mês. A expectativa de retorno do investimento é de 12 meses.

Maximiano reforça que o negócio se encontra em um mercado competitivo. "Nos destacamos por ser uma empresa de tecnologia atuante no varejo, focando na qualidade de nossos franqueados em vez de na quantidade. Este foco já nos levou a realizar projetos de transformação em redes varejistas como Sapore, Trimais, Terraíz, Divina Terra, entre outros que serão anunciados em breve", diz.

Concorrência

A empresa não é a única a apostar no modelo de minimercados autônomos em condomínios. Inclusive, 70% dos compradores de imóveis no Brasil aceitam pagar um pouco a mais para morar em condomínios com minimercado segundo pesquisa da Brain Inteligência Estratégica.

Entre os principais concorrentes da marca, estão:

  • A rede Nosso Mercado Anytime Market, que tem oito lojas em condomínios de Jundiaí, um deles comercial;
  • A Mekron, que também tem mdelo de franquias a partir de R$ 50 mil;
  • A InHouse market, presente em 26 estados e 180 cidades, e promete investimento mínimo de R$ 28,5 mil para abertura de unidade;
  • A market4u, que conta com mais de 2.100 unidades no país, incluindo dentro de empresas, e 600 mil clientes atendidos mensalmente;
  • A Buyself, que possui 10 lojas e propõe entrar em qualquer área ociosa comum do condomínio.

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