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Corte de vagas com carteira desacelera, mas tem pior fevereiro desde 99

18/03/2015 14h59Atualizada em 18/03/2015 15h59

O Brasil registrou o fechamento de 2.415 vagas com carteira assinada em fevereiro. O resultado mostra uma forte desaceleração em relação a janeiro, quando foram cortados 81.774 postos de trabalho. Ainda assim, é o pior saldo para fevereiro desde 1999 (quando foram cortadas 78.030 vagas).

Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (18).

Considerando o período de um ano, entre março de 2014 e fevereiro de 2015, o Brasil perdeu 47.228 vagas com carteira assinada.

Maiores cortes na construção civil e agropecuária

O número do Caged se refere à diferença entre vagas com carteira assinada abertas e fechadas. Em fevereiro, foram 1.646.703 admissões contra 1.649.118 demissões.

Proporcionalmente, os maiores cortes no mês ocorreram na construção civil (-0,85%), na agropecuária (-0,61%) e no setor extrativo mineral (-0,57%).

Só criaram vagas a administração pública, com aumento de 1,18% nos empregos com carteira assinada, o setor de serviços, 0,3% maior, e a indústria da transformação, com leve crescimento de 0,02%.

Situação pior no Rio

O fechamento de vagas com carteira assinada foi pior no Rio de Janeiro, onde foram cortados 11.101 postos de trabalho.

Em seguida, vêm Pernambuco, com eliminação de 10.660 vagas, e Bahia, com menos 6.800 empregos. 

Por outro lado, os Estados com maior criação de vagas foram Santa Catarina (12.108), Paraná (8.574) e São Paulo (6.149).

Taxa de desemprego subiu

Informações da última Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a taxa de desemprego no Brasil, no trimestre que terminou em janeiro, foi de 6,8%.

A taxa se refere tanto a empregados com carteira assinada quanto empregados informais. 

Ela apresenta aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a taxa foi de 6,4%.

O desemprego também é maior na comparação com o trimestre encerrado em outubro, quando o nível foi de 6,6%.  

(Com Reuters)