Petição reúne mais de 130 mil assinaturas contra adiamento do abono
O governo adiou o pagamento do abono salarial de parte dos beneficiários para os primeiros meses do ano que vem. A medida, que faz parte do ajuste fiscal, indignou alguns. Pelo menos 130 mil. Esse é o número de pessoas que colocaram seu nome em um abaixo-assinado na internet criado pelo produtor cultural Márcio Andrade, 41.
O abono salarial é um benefício pago pelo governo anualmente a quem recebeu até dois salários mínimos por mês e trabalhou por pelo menos 30 dias. O valor do benefício é de um salário mínimo (R$ 788).
Agora, os nascidos no segundo semestre (julho a dezembro) recebem ainda neste ano. Já os nascidos no primeiro semestre (janeiro a junho) recebem só no primeiro trimestre de 2016 (veja o calendário aqui). Segundo Andrade, a medida o afetou diretamente, já que é um dos que só vai receber o valor em 2016.
Curitibano, Andrade afirma que é free-lancer e trabalhou por um período em São Paulo no ano passado, cumprindo os requisitos para conseguir o abono. Mas, como nasceu em março, só vai poder receber o dinheiro em fevereiro do ano que vem. Ele diz que sua mãe também recebe o abono e foi prejudicada pela medida.
O produtor cultural afirma que não é vinculado a nenhum partido e não definiu uma meta de número de assinaturas ou quanto tempo pretende deixar o abaixo-assinado no ar. "Eu gostaria de estar indo lá pessoalmente, entregando esse abaixo assinado lá em Brasilia. Direto para a presidente ou, no mínimo, o ministro do Trabalho".
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