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Metalúrgicos da Mercedes-Benz aprovam programa que reduz salários e jornada

Da Agência Brasil

15/08/2015 16h23Atualizada em 15/08/2015 16h23

Em assembleia na manhã deste sábado (15), cerca de 1.500 trabalhadores da unidade da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, decidiram que o sindicato da categoria negocie com a montadora para aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Entretanto, afirmaram que não aceitarão medidas que impliquem em demissões.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Sérgio Nobre, a Mercedez informou a intenção de promover demissões a partir do próximo dia 1º de setembro. Para que isso não ocorra, a adesão ao programa passou a ser uma alternativa que, para o líder sindical, é suficiente para estancar qualquer iniciativa de cortes.

"Estamos certos de que é suficiente, embora a empresa diga que não. Se a empresa insistir em demissões, seja em que cenário for, vamos fazer o que for preciso. Não aceitaremos essas demissões”, disse. Em nota, o sindicato informou que, na segunda-feira (17), Sérgio Nobre comunicará o resultado da assembleia à empresa e tentará reabrir negociações.

O PPE foi assinado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 6 de julho, com o objetivo de preservar empregos em períodos de crise. Criado para durar seis meses e com a possibilidade de prorrogação por mais um semestre, o programa prevê a redução em até 30% da jornada de trabalho. Metade das horas não trabalhadas será custeada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Durante a vigência do programa, e até dois meses após esse período, as empresas não poderão demitir os trabalhadores que tiverem jornada reduzida.