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Crise corta 20% das vagas temporárias; veja 5 dicas para garantir seu bico

Leandro Moraes/UOL
Imagem: Leandro Moraes/UOL

Do UOL, em São Paulo

21/10/2015 06h00

A perspectiva para quem busca emprego temporário neste final de ano não é fácil. Segundo a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), a expectativa é que as contratações caiam cerca de 20%, em comparação com o ano passado.

Levantamento do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), indica que nove em cada dez empresas do comércio varejista e de serviços não contrataram nem pretendem contratar temporários neste final do ano.

A crise de empregos significa um mercado muito mais competitivo. Além de existirem menos vagas, há mais candidatos qualificados, pessoas que perderam o emprego e agora buscam a recolocação, segundo Marcos Abreu, presidente da Employer, agência de trabalho temporário

Isso, porém, não é motivo para desânimo, de acordo com os especialistas. "O momento é de crise, sim, mas de oportunidade para muita gente", afirma o consultor empresarial Scher Soares.

"Quando o mercado está aquecido, existe a tolerância com a baixa performance. Na crise, todas as empresas precisam de melhores pessoas e estão substituindo quem está abaixo da média".

Eles dão cinco dicas para aumentar as chances de conseguir um emprego temporário durante a crise.

Não perca tempo

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Imagem: Getty Images

Não é hora de esperar que a oportunidade caia do céu, segundo Marcos Abreu.

O primeiro passo é procurar empresas ou agências de emprego que já o contrataram, caso tenha atuado como temporário anteriormente.

"Alguém que já trabalhou como temporário pode procurar a empresa novamente, ou pedir para antigos contratantes darem referência", diz Scher Soares. Uma referência, segundo ele, pode ser o diferencial para conseguir a vaga em um mercado que está concorrido.

Pesquise quem está contratando

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Imagem: Shutterstock

Quando o mercado está aquecido, pode bastar apenas disparar currículos e esperar as oportunidades aparecerem. Durante uma crise, o processo deve ser de caça à vaga, identificando setores e empresas que estão abrindo vagas.

Um bom caminho para conseguir essas informações, segundo Scher Soares, são associações comerciais ou entidades de classe, como sindicatos, que costumam divulgar levantamentos sobre seus setores em jornais, revistas e sites.

Outra forma são as redes sociais, seguindo e participando de grupos de empresas e entidades no Twitter ou LinkedIn, por exemplo.

Invista nos relacionamentos

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Imagem: John Moore/AFP

Soares aconselha a procurar "pessoas chave", aqueles contatos profissionais quentes, que certamente poderão dar alguma informação sobre empresas que estão contratando ou até mesmo ajudá-lo no processo seletivo.

Além disso, o número de pessoas que deve contatar é maior. "Evidentemente, se a gente amplia a base de contatos, aumenta a chance de êxito. Se antes tentava contato com 50, agora aumente para cem", afirma o consultor.

Não crie grandes expectativas

Emprego - expectativa - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

"Vaga temporária não é a dos sonhos. Não pode exigir o mesmo que tinha em um emprego efetivo", afirma Marcos Abreu. "Aceite oportunidade que aparecer e, depois que estiver lá dentro, procure alternativa interna para conseguir ser efetivado. O momento não é oportuno para escolher."

Por isso segundo ele, é necessário ser mais flexível na escolha, aceitando dias, horários e locais de trabalho que, em outro momento, talvez não aceitasse.

Fique atento

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Imagem: Getty Images

Quando há poucas vagas, não se pode deixar a oportunidade passar por causa de distrações.

"Vi um post na internet de uma recrutadora dizendo que tinha tentado contato com 25 candidatos em um sábado de manhã e conseguido falar com apenas dois", conta Soares. "As pessoas se desconectam no final de semana".

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