Não faça como moça demitida após pedir aumento na web; saiba o melhor jeito
Na semana passada, uma jovem americana foi demitida após escrever e publicar na internet uma carta aberta endereçada ao presidente da empresa em que trabalhava, fazendo críticas ao emprego e dizendo que não conseguia se sustentar com o salário que recebia (veja detalhes do que aconteceu clicando aqui).
Pelo Twitter, o presidente da empresa negou que tenha tido envolvimento na demissão, mas o caso ganhou muita repercussão.
Especialistas em comportamento e vida profissional afirmam que a jovem mostrou falta de inteligência emocional ao tentar resolver um problema.
Carlos Aldan, presidente da consultoria empresarial Kronberg, afirma que não é possível saber se a funcionária já havia tentado diálogo internamente, mas esse deveria ser o primeiro passo.
Se não desse certo, a alternativa seria buscar o desenvolvimento profissional e procurar outro emprego. "Ela não deveria jamais fazer o que fez. Foi um tiro no pé. Não só no atual, como com potenciais empregadores."
Em um texto publicado no LinkedIn (http://zip.net/bvsWVV, link encurtado e seguro), o especialista em carreiras Justin Bariso afirma que o episódio é "um fascinante estudo de caso de como as mídias sociais estão mudando o mundo do trabalho moderno".
Bariso listou em seu artigo os problemas na carta, além do que a ex-funcionária deveria ter feito. Veja essas dicas abaixo:
Não converse de cabeça quente
Não comece uma conversa importante de cabeça quente. Bariso afirma que emoções, como a raiva, podem ajudar a lutar contra injustiças. Mas também podem ser destrutivas.
Não mande um texto escrito com raiva. "Após algumas horas (ou dias), sua perspectiva muda bastante. Você pode encontrar melhores maneiras de dizer o que está sentindo."
Mostre o texto a alguém que respeite e confia. Ajuda a ver sob outro ponto de vista.
Seja educado
Bariso afirma que a jovem usou sarcasmo, o que dificultou a comunicação com seus superiores.
Quem começa a conversa é que dá o tom dela. Se apresentar suas ideias de maneira razoável, é provável que a resposta também seja assim. Reconhecer desafios e esforços do outro faz com que ele fique mais aberto a escutá-lo.
Não há volta
Isso já deveria estar claro para todo mundo, mas muitos ainda não percebem. Na internet, não há como voltar atrás. "As pessoas vão julgá-lo baseadas no seu perfil online. Nem sempre é o correto, mas é um fato da vida", afirma Bariso.
Ele aconselha a, antes de publicar qualquer coisa, perguntar-se:
- O que isso diz de mim?
- É a primeira coisa que quero que outros vejam ao me procurar na internet?
- Vou me sentir da mesma maneira daqui a alguns anos?
A responsabilidade da empresa
Bariso afirma que a empresa pode não ter escutado seus funcionários, o que evitaria uma carta desse tipo.
Carlos Aldan também acredita que as empresas estão pouco preparadas para lidar com os jovens da geração Y (nascidos nos anos 80 e 90).
Aldan diz que muitos jovens profissionais ficam frustrados ao entrar em uma empresa hierarquizada, burocratizada e com vários chefes, mas isso não justifica atitudes como as da moça demitida.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.