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Eles estão trabalhando de casa pelo coronavírus e dizem o que é bom e ruim

O engenheiro Guilherme Sanchez - Arquivo pessoal
O engenheiro Guilherme Sanchez Imagem: Arquivo pessoal

Vinícius Pereira

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/03/2020 04h00

Para evitar uma disseminação ainda maior do coronavírus, muitas empresas optaram pelo home office (trabalho em casa). Essa nova forma de trabalho, sem a necessidade de comparecimento presencial, faz com que os funcionários precisem se adaptar a uma nova rotina -com aspectos bons e ruins.

O UOL ouviu três profissionais que já estão trabalhando de casa desde a última semana para saber como tem sido tal experiência.

Tempo de transporte otimizado

O tempo de deslocamento entre casa e trabalho costuma ser grande, na maioria dos casos de quem vive em uma cidade grande, como São Paulo, por exemplo. Por isso, a adoção do home office por empresas vem otimizando o tempo de quem gastava até uma hora no transporte.

"Pessoalmente facilita muito, pois o tempo que perderia em transporte pode ser otimizado em afazeres e até mesmo para descanso, além de evitar o risco de contágio do covid-19", disse Guilherme Sanchez, engenheiro na Multilaser, que possui escritório na região da Faria Lima, em São Paulo.

O engenheiro, que desde o fim da semana passada trabalha de casa, também afirma que, dado o acesso que a companhia oferece por meios remotos, o resultado final dos projetos deve ser o mesmo de antes do coronavírus.

"Profissionalmente, não houve impacto negativo. Como na nossa empresa possuímos acesso remoto, consigo exercer em casa todas as tarefas e funções que faria no escritório. Não há limitações com relação à conclusão de tarefas", afirmou Sanchez.

Whatsapp é meio recorrente no home office

Para que a comunicação não fique prejudicada com cada funcionário em um local, as empresas recorrem a grupos de Whatsapp -transformados em salas de reuniões virtuais.

Um executivo de uma agência de publicidade, que não quis se identificar, disse que a orientação de trabalhar a distância, incluindo as reuniões, foi uma orientação do RH (departamento de Recursos Humanos).

"Logo fizemos um grupo de Whatsapp para conversamos com toda a equipe de uma vez só, como se estivéssemos no escritório mesmo", afirmou.

Guilherme Sanchez aproveita o aplicativo de mensagens para alinhar os projetos com a equipe.

"Já possuíamos um grupo de Whatsapp para comunicados e alinhamentos da equipe, e esse grupo está sendo utilizado para tratarmos assuntos que seriam resolvidos presencialmente", disse.

Cuidado com a distração em casa

Ambos os profissionais, contudo, afirmam que é necessário foco para que o rendimento em casa não fique abaixo do escritório, dado que os pontos de distração são maiores.

Vitor Matsuoka, growth & performance manager da empresa de psicologia online Telavita, diz que utiliza algumas estratégias para se manter produtivo mesmo de casa.

"Quando eu trabalho em casa, eu me troco, sento na mesa, não fico no sofá ou na cama para ter uma ideia de trabalho mesmo, ter essa separação. Eu faço um período de concentração no trabalho, tipo 25 minutos de concentração, e paro cinco minutos", afirmou.

Falta de contato com pessoas é ponto negativo

O contato interpessoal parece ser o ponto negativo do trabalho a distância. Apesar de ter começado o home office nesta segunda-feira (16), Matsuoka já prevê que sentirá falta do cafezinho com os colegas no dia a dia.

"Bom, este é o primeiro dia, então ainda não deu nem para sentir muito, mas eu gosto de ir ao escritório, porque você bate papo no almoço, toma um café, encontrar as pessoas", disse.

O engenheiro Guilherme Sanchez afirma que já sente falta do contato pessoal com os companheiros de trabalho.

"Tomar um café com os companheiros de trabalho muitas vezes é desestressante e até mesmo produtivo, você também aprende no bate-papo. Já estou sentindo falta", disse.

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