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Diversifique sua carteira de ações para aposentadoria

Por Sophia Camargo<br/>

14/09/2007 17h38

Quem já investe ou está decidido a investir no mercado de ações precisa diversificar a carteira. Não basta escolher uma única empresa e seguir tranqüilo, especialmente se esses rendimentos vão lastrear a tão sonhada aposentadoria. "Diversificar a carteira de ações não é apenas importante, mas fundamental", afirma o consultor financeiro Gustavo Cerbasi (veja dicas para formar sua carteira de investimentos).

É que muita gente se anima com ações de grandes empresas, mas se esquece de que por mais brilhante que sejam as companhias elas são administradas por seres humanos. Estão sujeitas a quebras, a sofrerem corrupção, a terem seu produto substituído repentinamente por outro. Não existe empresa infalível ou isenta de risco.

Especial mostra dicas de especialistas sobre as melhores ações e estratégias para quem pretende fazer da Bolsa a sua previdência privada. Consultores lembram as regras gerais que valem sempre que se mexe com ações: é preciso diversificar o investimento
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Parece difícil de acreditar? Basta lembrar dos escândalos associados às quebras de empresas acima de qualquer suspeita, como a gigante da energia americana Enron ou a italiana Parmalat. "Estes não foram casos de empresas que vieram definhando lentamente, assinalando para o mercado o seu fim próximo.

Foram casos de quebras inesperadas, de balanços adulterados", lembra Cerbasi. Você pode medir a importância da diversificação apenas imaginando se todo o seu dinheiro estivesse investido em uma única dessas empresas...

Mas quantos papéis são necessários para se compor uma carteira bem diversificada? Para o economista-chefe da Infinity Asset Management André Ng, cerca de cinco ou sete ações de setores diferentes da economia já começam a compor um bom número. "Para o pequeno investidor, a partir da 10ª ação já fica mais difícil acompanhar de perto o resultado das companhias", avalia.

A diversificação exagerada não é bom negócio na opinião do estrategista da área de Private Bank do Santander, Odair Abate. "A diversificação deve ser voltada para o preço do papel, da perspectiva de aquecimento de determinados setores da economia", diz ele. Não basta, portanto, escolher vários papéis e esquecê-los na gaveta. É preciso sempre acompanhar os movimentos da economia e buscar as notícias nos jornais, para ver se o investimento ainda vale a pena.

Opinião compartilhada por Fábio Spinola, sócio responsável pela estratégia de renda variável da Quest Investimentos. Para ele, é muito vago dizer que uma carteira diversificada tem 5, 10 ou 50 ações. No momento da diversificação é preciso escolher os temas do investimento, baseado em como está a atividade global e a expectativa da atividade doméstica. "Diversificar é essencial, mas esta diversificação tem que ser dinâmica."