Olá, A terça-feira (13) foi catastrófica para os mercados globais, com Bolsas de Valores caindo de maneira generalizada em toda parte do mundo. Nos Estados Unidos, o índice de ações S&P 500 caiu 4,32%, enquanto o Ibovespa recuou 2,3%. O dólar também ganhou força ante o real, e saltou de R$ 5,09 para R$ 5,19 no dia. Você pode estar se perguntando qual o motivo para um dia tão ruim para os mercados. A resposta é simples: uma diferença de 0,2 ponto percentual entre a expectativa e o resultado da inflação ao consumidor nos Estados Unidos em agosto. O mercado projetava uma deflação de 0,1% no período, mas o indicador revelou uma alta de preços de 0,1% no mês. Além disso, o núcleo da inflação, que exclui os preços de energia e dos alimentos, saltou de 0,3% em julho para 0,6% em agosto. Dessa forma, os investidores que estavam entusiasmados com a possibilidade de uma deflação nos Estados Unidos foram pegos de surpresa por uma ligeira alta dos preços, a uma semana da reunião de política monetária do Federal Open Market Committee (Fomc, o comitê de política monetária dos EUA). Antes, o mercado apostava em uma redução do ritmo de alta dos juros, mas a inflação de agosto veio como um balde de água fria, sinalizando que as autoridades monetárias devem anunciar uma nova elevação dos juros em 0,75 ponto percentual na semana que vem, elevando as taxas para o patamar entre 3% e 3,25% ao ano. A perspectiva de que os juros devam continuar em alta no curto prazo também alimenta as apostas em uma recessão na maior economia do planeta, o que cria um cenário adverso para a maioria das empresas. Ainda assim, avalio que a reação dos mercados foi exagerada. A economia norte-americana tem demonstrado robustez nos últimos meses, com desemprego em patamares historicamente baixos e bons resultados corporativos, apesar da ligeira contração do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre. O momento é de muita incerteza, mas não vejo uma deterioração das expectativas para a economia global que justifique uma reação tão negativa assim da parte dos investidores. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que possuem acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre a nova oferta de ações da Vamos, empresa de aluguel de caminhões, maquinário e equipamentos. Um abraço, Rafael Bevilacqua Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante ********** NA NEWSLETTER A COMPANHIA A newsletter A Companhia mostra que o lucro da Vibra Energia (antiga BR Distribuidora) subiu 85% no segundo trimestre, mas as ações estão em queda de 14% neste ano. Será que vale a pena investir? Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, com análise detalhada de uma empresa por semana, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para duvidasparceiro@uol.com.br. PUBLICIDADE | | |