Ibovespa opera em baixa antes da decisão do Copom; Vale (VALE3) cai e Petrobras (PETR4) sobe
O Ibovespa iniciou as negociações desta quarta-feira (19) em queda, enquanto os investidores aguardam a decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O principal índice acionário da bolsa brasileira está recuando 0,36%, aos 119.204,59 pontos, por volta das 10h18.
Acompanhando a variação negativa do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, as ações da Vale (VALE3) estão operando no vermelho nesta manhã. Por volta das 10h15, os papéis da mineradora registram baixa de 0,15%, a R$ 60,57.
Além disso, os grandes bancos também iniciaram a sessão caindo em bloco, com exceção do Banco do Brasil (BBAS3). Por volta das 10h30, as ações do Santander (SANB11) caem 0,72%, a R$ 27,39, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC4) recuam 0,57%, a R$ 12,31. Já as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) operam em baixa de 0,47%, a R$ 31,73, no mesmo horário.
Por outro lado, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) estão subindo 0,19%, a R$ 35,97, por volta das 10h40. No mesmo horário, os papéis ordinários da companhia, negociados sob o ticker PETR3, estão operando próximos da estabilidade, com leve baixa de 0,05%, a R$ 37,86.
Os investidores da petrolífera estão aguardando o evento de posse de Magda Chambriard como presidente da estatal, que ocorrerá na tarde desta quarta-feira.
O que deve movimentar o Ibovespa hoje?
As atenções dos investidores estão voltadas para a decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom), que será anunciada após o fechamento do mercado, no fim da tarde desta quarta-feira. A expectativa do mercado é de que os juros sejam mantidos em 10,50% ao ano.
Além disso, as preocupações fiscais também seguem no radar do mercado brasileiro. Durante o dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma série de reuniões com ministros, incluindo Fernando Haddad, da Fazenda, Rui Costa, da Casa Civil, e Marina Silva, do Meio Ambiente. O mandatário participará ainda da posse de Magda Chambriard como presidente da Petrobras.
Nos Estados Unidos, não haverá negociação nos mercados por conta do feriado de Juneteenth. Na última sessão, os indicadores de Wall Street fecharam em alta, com novos recordes para Nasdaq e S&P 500.
Cotação do dólar
O dólar comercial está operando em alta na manhã desta quarta-feira, em meio ao cenário de cautela dos investidores antes da decisão do Copom e com o feriado nos Estados Unidos. Por volta das 10h10, a moeda norte-americana avança 0,49%, negociada em R$ 5,460 na compra e R$ 5,461 na venda.
Bolsas sobem na Ásia e caem na Europa
Após um novo dia de máximas históricas nos Estados Unidos, as bolsas asiáticas encerraram as negociações desta quarta-feira majoritariamente em alta.
Liderando os ganhos na região, o índice Hang Seng saltou 2,87% em Hong Hong, a 18.430,39 pontos, enquanto o Taiex subiu 1,99% em Taiwan, ao nível recorde de 23.209,54 pontos, ambos impulsionados por ações de tecnologia, enquanto o japonês Nikkei apresentou modesto ganho de 0,23% em Tóquio, a 38.570,76 pontos, e o sul-coreano Kospi avançou 1,21% em Seul, a 2.797,33 pontos.
Por outro lado, os indicadores chineses ficaram no vermelho após órgão regulatório de valores mobiliários da China afirmar que irá fortalecer a supervisão de todas as atividades financeiras para prevenir possíveis riscos. O Xangai Composto, principal índice acionário do país, caiu 0,40%, a 3.018,05 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,87%, a 1.687,64 pontos.
Já na Europa, os indicadores estão operando em baixa, após dados mistos de inflação britânica. A taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido desacelerou para 2% em maio, como era previsto, voltando à meta oficial do BoE pela primeira vez desde 2021. Por outro lado, a inflação de serviços, que é a que realmente importa para o BC inglês, superou as expectativas pelo segundo mês consecutivo, segundo o ING.
Em meio a este cenário, o índice pan-europeu Stoxx 600 está operando em leve baixa de 0,04%, aos 514,79 pontos, por volta das 10h15 (horário de Brasília).
Com informações de Estadão Conteúdo.
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