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Com Selic a 12,25%, quanto rendem R$ 1.000 na poupança, no Tesouro e em CDB

A taxa básica de juros caiu 0,5 ponto na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que se encerrou hoje, 1°. Agora, a Selic está em 12,25% ao ano. Entenda o impacto do corte nos investimentos de renda fixa e qual será o rendimento em aportes como poupança, CDB e Tesouro Selic.

Rentabilidade deixa de ser tão atrativa

Investimentos em renda fixa passam a render menos com os cortes nos juros. Os títulos atrelados ao IPCA devem ser os mais visados pelos investidores. Por outro lado, cada tipo de título possui características específicas, e ao serem combinados com os diferentes perfis de investidores, podem fazer sentido também, comenta Vinicius Romano, Head de Renda Fixa na Suno Research.

Mesmo sendo popular, a caderneta de poupança ainda rende pouco. E perde para a maioria dos produtos financeiros. A poupança rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), que agora está acima de zero. Um detalhe é que esse retorno só acontece quando a Selic está acima de 8,5%. Abaixo desse patamar, rende 70% da Selic mais a TR.

CDI pode perder espaço na carteira do investidor. O CDI é uma taxa cobrada em operações entre bancos, sempre próxima da Selic, que dita o rendimento de alguns investimentos da renda fixa. As aplicações como CDBs e fundos DI tendem a render menos.

Tesouro Selic continua com rentabilidade bruta superior a 12% ao ano. Mas, descontando inflação e imposto, não passa de 10%. As opções atreladas à taxa de juros também caem, como é o caso dos títulos públicos do Tesouro Direto.

Apesar de possuir um estoque significativo, a poupança mensalmente apresenta captações líquidas negativas, ou seja, sai mais dinheiro do que entra. O Tesouro Direto e os títulos bancários são opções melhores.
Vinicius Romano, Head de Renda Fixa na Suno Research

Quanto rendem R$ 1.000 com a Selic a 12,25% ao ano

Veja a seguir quanto rendem R$ 1.000 nas principais aplicações de renda fixa no período de um ano. O cálculo foi feito pela plataforma Yubb e considerando a taxa Selic fixa em 12,25%. CDBs de bancos diferentes têm rendimentos distintos. A simulação apresenta CDBs de bancos grandes e médios.

Simulação incluiu a taxa de 20% de Imposto de Renda (IR) nos investimentos tributados (Tesouro Selic e CDBs). Essa taxa é paga nos resgates feitos entre 181 e 360 dias. Se o resgate for feito depois de um ano, o IR é de 17,5%. Já se for feito em até seis meses, a alíquota sobe para 22,5%. A poupança é isenta de imposto.

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Quanto rendem R$ 1.000 em um ano, já com desconto do IR?

  • Poupança: R$ 82,80 (8,28%)
  • Tesouro Selic: R$ 97,20 (9,72%)
  • CDB: Entre R$ 111,80 e R$ 72,90 dependendo do banco (de 11,18% a 7,29%)

Quanto o investidor poderá sacar em um ano:

  • Poupança: R$ 1.082,80
  • Tesouro Selic: R$ 1.097,20
  • CDB: Entre R$ 1.111,80 e R$ 1.072,90

Qual o ganho real, descontada a inflação?

Valor final da aplicaçãoé afetado pela inflação. Por isso, é importante ficar de olho neste índice para que o dinheiro tenha o mesmo poder de compra que tem agora.

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Mercado interno está bastante dependente do cenário externo. Mesmo com o IPCA diminuindo e o mercado de trabalho em ritmo de desaceleração, os juros podem permanecer altos por mais tempo por conta do mercado global, que passa por alguns desafios importantes, explica Romano.

Previsão para 2023 é que a inflação feche em 4,63%. E para 2024 saiu de 3,87% para 3,90%. O dado é do Boletim Focus publicado pelo Banco Central em 30 de outubro. A estimativa para o próximo ano foi usada para calcular o rendimento real das aplicações descontada a inflação, levando em consideração qual seria o poder de compra hoje.

Qual o rendimento real de R$ 1.000 em um ano, descontando a inflação e o Imposto de Renda:

  • Poupança: R$ 42,20 (4,22%)
  • Tesouro Selic: R$ 56,00 (5,60%)
  • CDB: Entre R$ 70,00 e R$ 32,60 (de 7% a 3,26%)

Quanto o investidor poderá sacar descontando a inflação e o Imposto de Renda:

  • Poupança: R$ 1.042,20
  • Tesouro Selic: R$ 1.056,00
  • CDB: Entre R$ 1.070,00 e R$ 1.032,60

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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