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Veja 15 ações que podem pagar mais dividendos que a Selic no próximo ano

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Com a Selic no patamar de 11,25% ao ano, 15 ações devem pagar dividendos acima da taxa básica de juros da economia, segundo projeção da Economatica. Quais destas companhias seriam interessantes para integrar uma carteira de dividendos?

Quais ações podem pagar acima da Selic

Qual é o retorno projetado para os próximos 12 meses

  • Metal Leve (LEVE3): 29,44%
  • Auren (AURE3): 23,13%
  • Grendene (GRND3): 21,74%
  • Petrobras (PETR4): 17,55%
  • Petrobras (PETR3): 16,96%
  • Gerdau Metalúrgica (GOAU4): 16,09%
  • Mitre Realty (MTRE3): 15,82%
  • BB Seguridade (BBSE3): 14,44%
  • Siderúrgica Nacional (CSNA3): 14,30%
  • Bradespar (BRAP4): 13,78%
  • Vulcabras (VULC3): 13,76%
  • Brasilagro (AGRO3): 13,47%
  • Copasa (CSMG3): 13,23%
  • CSN Mineração (CMIN3): 12,01%
  • Cemig (CMIG4): 11,34%

Fonte: Economatica. Dados até 09/02

O dividend yield projetado é válido desde que a empresa tenha lucro igual ou maior ao dos últimos 12 meses e siga com a mesma política de distribuição de dividendos e JCP dos últimos 12 meses.

Quanto essas empresas pagaram em média nos últimos cinco anos

Se o objetivo do investidor é montar uma carteira de dividendos com foco no longo prazo, não deve olhar só para o retorno estimado para o ano. Veja qual foi a média de retorno dessas ações nos últimos cinco anos.

  • Auren (AURE3): 23,13%
  • Petrobras (PETR4): 20,61%
  • Petrobras (PETR3): 18,54%
  • CSN Mineração (CMIN3): 15,42%
  • Bradespar (BRAP4): 13,40%
  • Metal Leve (LEVE3): 10,98%
  • Brasilagro (AGRO3): 10,00%
  • Gerdau Metalúrgica (GOAU4): 9,71%
  • Siderúrgica Nacional (CSNA3): 8,65%
  • Copasa (CSMG3): 8,57%
  • Grendene (GRND3): 8,36%
  • Cemig (CMIG4): 8,34%
  • Mitre Realty (MTRE3): 8,17%
  • BB Seguridade (BBSE3): 7,67%
  • Vulcabras (VULC3): 4,22%
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Quais são as empresas mais recomendadas para investir de olho no longo prazo? Veja abaixo.

Auren (AURE3) e Copasa (CSMG3)

Entre as empresas de setores perenes, Auren (AURE3) e Copasa (CSMG3) valem para uma estratégia de dividendos no longo prazo. É o que diz Luan Alves, analista-chefe da VG Research. A elétrica Auren, ex-Cesp, trabalha com geração de energia para venda e distribuição, sendo hídrica, solar ou eólica. A empresa costuma fechar contratos com clientes de três a cinco anos, diz Alves. Custos da empresa para manter e operar usinas costumam ser fixos, dando espaço para lucros maiores, o que pode ser interessante para o acionista, avalia.

Pagou R$ 3 bilhões em dividendos extraordinários em 2023. O pagamento foi fruto de uma indenização bilionária pela Usina Hidrelétrica de Três Irmãos. Foi um retorno equivalente a 20,37%, mas não deve não se repetir no curto e médio prazo, sinaliza o analista. Recentemente, a companhia anunciou a distribuição de R$ 400 milhões em dividendos, correspondentes a R$ 0,40 por ação ou 3%, que serão pagos no dia 14 de março. "É uma empresa em um setor perene, com negócio resiliente, contrato de longo prazo e um segmento ainda em expansão que demanda muitos investimentos", afirma Alves.

Outra ação perene é a Copasa (CSMG3), empresa de saneamento básico que faz a distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto em cidades importantes de Minas Gerais. "É um modelo de negócios simples. A Copasa investe nas suas estações de tratamento de água e esgoto e cada quatro anos o regulador reconhece esse investimento nas tarifas que o consumidor paga", explica Alves. "É um negócio perene, não tem muito risco porque tudo mundo vai ter que tomar banho, usar água, tem esgoto sendo gerado, faz parte essencial da vida do consumidor", pontua.

Entre os riscos, Alves destaca o climático com falta de chuvas que poderiam levar o estado a um racionamento hídrico, com as pessoas consumindo cada vez menos. Com um volume de consumo menor, a receita é afetada, enquanto os custos da operação se mantêm elevados.

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Bradespar (BRAP4) e CSN Mineração (CMIN3)

Bradespar e CSN Mineração se destacam entre as empresas mais cíclicas que podem entregar dividendos elevados em 2024.

A Bradespar (BRAP4) é a holding que investe na mineradora Vale (VALE3). Por ser a única empresa do portfólio, a Bradespar acaba ficando mais exposta ao minério de ferro. Segundo o analista, a Vale tem uma vantagem competitiva internacional, que é produzir o minério de ferro de maior qualidade e com o menor custo do mundo, resultando em uma margem de lucro alta.

Entre os riscos, o analista cita a desaceleração da China, que consome mais de 50% do minério de ferro produzido. Segundo Alves, o país asiático vive uma bolha no mercado imobiliário, o que fez com que novas construções desacelerem, com isso a demanda por minério de ferro e aço acaba sendo mais fraca. "Se o preço do minério de ferro começar a cair muito, o investidor pode ter um dividendo temporariamente menor na Bradespar", avalia Alves. O investidor não deve comprar a ação e esquecer dela e sim acompanhar constantemente os fundamentos, diz.

Outra companhia que acaba ficando exposta ao cenário do minério de ferro e a China é a CSN Mineração (CMIN3), braço de mineração da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3). Embora o modelo de negócios seja muito semelhante ao da Vale, a CSN Mineração sofre um pouco mais diante de uma desaceleração na economia chinesa, porque seu custo de extração do minério é muito maior.

Já entre as vantagens, o analista cita que a companhia tem investido em aumento da sua capacidade de produção e conta com clientes que demandam cada vez mais minério ao longo dos anos. "Ela tem feito um esforço para a capacidade de produção crescer e em consequência a receita aumenta", diz. Diferente da Bradespar, Alves enxerga a CSN Mineração para uma alocação estrutural de pelo menos cinco anos de investimento, mas não descarta a venda do papel quando a ação valorize muito.

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Mitre (MTRE3): uma construtora que paga dividendos

Outra ação cíclica que pode pagar dividendos interessantes em 2024 é a construtora Mitre (MTRE3). Ela costuma pagar grande parte do seu lucro aos acionistas - nos últimos três anos o payout foi superior a 90%. A Mitre atua nos segmentos de alta renda e classe média alta. "Ela vende desde estúdios de R$ 300 mil até plantas grandes de entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões", explica.

Entre os riscos, Alves cita problemas de governança enfrentados pela empresa recentemente, como a compra de um terreno em Trancoso, Bahia. Outra desvantagem é a ciclicidade do setor de construção e o elevado endividamento da companhia - desta forma, se os juros demorarem a cair e a demanda por imóveis ficar fraca, a companhia poderia acabar vendendo muito mal em 2024 e 2025 e provavelmente cortaria os dividendos. Contudo, o analista destaca que este não é o cenário base.

Alves enxerga a Mitre para uma alocação pontual, com a companhia se beneficiando do ciclo de queda dos juros.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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