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Veja as 10 ações que mais valorizaram no trimestre; ainda vão subir?

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Do início do ano até agora, o Ibovespa está no campo negativo, com queda de 5,41% (até 25 de março). Mas, mesmo nessa maré baixa, algumas empresas do principal índice da Bolsa viram suas ações subirem no ano. A Embraer chegou a subir quase 50%.

As 10 ações que mais subiram no trimestre

  1. Embraer (EMBR3) 49,71%
  2. Petz (PETZ3) 22,78%
  3. Braskem (BRKM5) 19,21%
  4. 3R Petroleum (RRRP3) 19,10%
  5. BRF (BRFS3) 17,89%
  6. Cielo (CIEL3) 16,25%
  7. Natura (NTCO3) 12,17%
  8. Suzano (SUZB3) 10,77%
  9. Vibra (VBBR3) 10,50%
  10. Klabin (KLBN11) 9,66%

Fonte: Elos Ayta, de 2 de janeiro a 26 de março.

Juros e dólar dos EUA impulsionaram as empresas

Vários fatores explicam essas altas, incluindo os juros americanos. O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, avisou que fará três cortes na taxa de juros do país este ano. Isso faz com que os investidores internacionais busquem melhores retornos. Parte desse dinheiro vai para as Bolsas de Valores de países emergentes, o que faz com que elas se valorizem.

Com isso, as small caps são as mais procuradas. Small Caps, na B3, são empresas com menor volume de negociação. Mas geralmente são companhias em crescimento, que dependem de investimentos. A queda dos juros, tanto aqui quanto nos EUA, beneficia essas companhias. Da lista, Embraer, Petz, 3R e Cielo são small caps. Mas a Embraer subiu tanto que seu volume de negociação cresceu e ela saiu da lista recentemente, conforme a B3.

Alta do dólar de 3% no ano ajudou. A Embraer, por exemplo, fatura em dólares. "Ela é uma empresa que ganha em dólar, o que explica o ganho de Suzano e Klabin e BRF, que também faturam na moeda americana", explica Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama.

Embraer também se beneficia com aumento das vendas. "A guerra na Ucrânia e a retomada da aviação comercial fizeram a empresa retomar suas vendas", explica Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

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Boatos sobre fusões, vendas e petróleo ajudaram alguns papéis

Rumores de aquisição e fusão também ajudaram algumas empresas. É o caso de Petz, 3R Petroleum, Braskem. "Sobre Petz, há rumores de fusão com a PetLove. Também tem a possível venda da fatia da Novonor na Braskem e a provável fusão entre 3R e Petroreconcavo", explica Leonardo Piovesan, analista da Quantzed.

Compras de controladores ajudaram Petz e Cielo. Em fevereiro, o fundador e presidente da empresa, Sergio Zimerman, comprou ações da própria empresa, fazendo sua participação passar de 29% para 43%. "Isso mostrou confiança do dono no crescimento da empresa", diz Soares.

É parecido com o que aconteceu com Cielo. Em fevereiro, o Banco do Brasil e o Bradesco (BBDC4) anunciaram uma oferta de ações para comprar a totalidade dos papéis da Cielo que estavam em circulação na Bolsa.

Com Natura, a venda da The Body Shop ajudou. No fim do ano passado, a empresa de cosméticos vendeu a The Body Shop para a Aurelius, com sede na Alemanha e dona da rede de farmácias Lloyds, no Reino Unido. Isso vem ajudando a brasileira em seu processo de reestruturação.

A distribuidora Vibra ganhou com o petróleo. No ano passado, a empresa teve um lucro 483% maior na comparação anual, totalizando R$ 3,3 bilhões -, também impulsionado por ganhos fiscais esporádicos (não recorrentes).

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Quais seguem com tendência de alta?

Embraer, BRF, Klabin e Suzano. Essas são as apostas do economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti. Os gastos do governo e - principalmente, as ameaças de interferência em estatais - devem fazer o dólar continuar em alta, segundo ele. Isso favorece essas empresas.

Além disso, elas devem continuar crescendo, cada uma em seu setor. Suzano e Klabin, por exemplo, estão ganhando com a alta da celulose, diz Bertotti. Embraer continua vendendo bem e seus lucros são previsíveis, já que suas encomendas de jatos demoram para serem entregues mais de um ano.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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