Coronavírus custa 2,4 bilhões de libras ao dia para o Reino Unido, diz estudo
As medidas de confinamento contra o coronavírus e a paralisação dos deslocamentos têm "consequências extremamente severas" para a economia britânica, com uma queda de 31% na atividade e um custo de 2,4 bilhões de libras por dia, segundo um estudo.
O setor de manufatura é um dos mais afetados, com uma queda estimada de 69% na produção devido a medidas de confinamento, de acordo com o relatório publicado nesta segunda-feira (6) pelo Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial de Londres (CEBR).
Em termos absolutos é também o setor que "sofrerá a maior perda", a um custo "de mais de 500 milhões de libras por dia para a economia", em particular porque "a maior parte da ajuda concedida pelo governo está destinada ao setor de serviços", afirma o CEBR.
Portanto, o ministro das Finanças Rishi Sunak "provavelmente terá que considerar como ajudar esse setor a impedir que empresas viáveis" antes da pandemia "declarem falência", acrescenta esse grupo de estudos econômicos.
O custo para o conjunto de setores é estimado em 2,4 bilhões de libras, ou seja, 2,7 bilhões de euros ou 2,9 bilhões de dólares por dia.
Hotéis, turismo, artes e entretenimento estão sendo duramente atingidos, com uma queda de 80% de suas atividades.
A distribuição também é fortemente penalizada, embora algumas vendas sejam canalizadas para o comércio online.
O setor de serviços, que representa 80% da economia britânica, vive uma situação um pouco melhor "graças a uma maior capacidade de teletrabalho", embora a ausência de muitos funcionários doentes e a queda da confiança pesem na atividade, segundo o CEBR.
Por outro lado, o comércio de alimentos deverá registrar um aumento de 22%, "devido às reservas feitas pelas famílias e ao fechamento temporário de restaurantes e cafés, o que causa maior consumo" doméstico, indica o estudo.
Da mesma forma, o setor de saúde observa um aumento da atividade e o impacto negativo é muito moderado nos setores científico e técnico.
Globalmente, o CEBR prevê uma contração de pelo menos 4% da economia este ano, o que seria "duas vezes maior que após a crise financeira de 2009 e a maior queda no PIB em tempos de paz desde 1931", ou seja, o fim da Grande Depressão.
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