Califórnia faz drástico ajuste fiscal devido ao coronavírus
A Califórnia, a quinta maior economia do mundo antes da covid-19, terá que cortar gastos e fazer empréstimos para compensar o déficit de mais de US$ 54 bilhões causado pela pandemia, informou o governador do estado na quinta-feira (14).
"A covid-19 obrigou a Califórnia e as economias de todo o país a enfrentar uma crise econômica aguda e sem precedentes, com enormes perdas de empregos e redução da renda", disse o governador Gavin Newsom.
"Nosso orçamento reflete essa emergência hoje", acrescentou, apresentando um orçamento revisado que inclui planos para reduzir o déficit de US$ 54,3 bilhões, resultado da recessão gerada pela pandemia.
Newsom disse que o novo plano tem como alvo setores-chave, como saúde e segurança, e inclui apoio a trabalhadores e pequenas empresas. "Mas decisões difíceis estão chegando", disse.
"Com sacrifícios compartilhados e o espírito resiliente que engrandecem a Califórnia, estou confiante de que nos próximos anos sairemos mais fortes dessa crise".
Muitos dos aumentos de gastos cancelados afetam fundos para a assistência médica aos pobres, recursos para ajudar idosos e itens para escolas e institutos.
A proposta também pede um corte de 10% na remuneração dos trabalhadores a partir de julho.
O projeto reflete o impacto brutal da pandemia na Califórnia. Desde meados de março, mais de quatro milhões de pedidos de seguro-desemprego foram apresentados em um estado de superávit de US$ 6 bilhões há apenas alguns meses.
Com o coronavírus, a Califórnia cortou sua receita em US$ 41 bilhões em relação à previsão de janeiro e a taxa de desemprego deve chegar a 18% este ano.
Com o aumento da demanda pressionando os custos do sistema de previdência social, o déficit de US$ 54,3 bilhões é três vezes maior do que o recorde de US$ 16 bilhões reservado para tempos de dificuldades econômicas, informou o gabinete do governador em nota.
"Vamos enfrentar desafios que não enfrentamos há muito tempo", disse Newsom a repórteres. "Nada me machuca mais do que cortar despesas", acrescentou.
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