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'Europa é mais vulnerável', diz Yellen, que não espera recessão nos EUA

A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, disse que não espera uma recessão nos EUA, apesar do aumento dos preços da energia e da guerra na Ucrânia - Saul Loeb/AFP
A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, disse que não espera uma recessão nos EUA, apesar do aumento dos preços da energia e da guerra na Ucrânia Imagem: Saul Loeb/AFP

18/05/2022 14h07Atualizada em 18/05/2022 14h18

A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, disse nesta quarta-feira (18) que não espera uma recessão nos Estados Unidos, apesar do aumento dos preços da energia e da guerra na Ucrânia, e afirmou que a Europa está "mais vulnerável".

"Realmente não espero que os Estados Unidos entrem em recessão", comentou, em entrevista coletiva antes de uma reunião de ministros da Economia do G7 na Alemanha.

"Acredito que a Europa talvez seja um pouco mais vulnerável e exposta na frente energética do que os Estados Unidos", acrescentou.

Yellen reconheceu que "o ambiente atual está cheio de riscos, tanto em termos de inflação quanto de possíveis desacelerações" na economia, mas disse acreditar que "a recuperação econômica tem um grande impulso nestes momentos", incluindo "desemprego extremamente baixo".

A economia americana experimentou uma forte recuperação econômica após a pandemia de coronavírus, graças, em parte, a enormes pacotes de estímulo federal.

Nos últimos meses, contudo, a inflação e as interrupções nas cadeias de suprimentos globais, causadas pela guerra na Ucrânia e pela pandemia de coronavírus na China, desaceleraram esse impulso. O país registrou uma queda de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB), no primeiro trimestre de 2022.

Apesar deste contexto, os líderes americanos não esperam uma recessão técnica, ou seja, dois trimestres consecutivos de queda.

Na Europa, os temores são maiores, já que o crescimento da União Europeia depende, em grande medida, da energia fornecida pela Rússia, da qual os 27 países tentam prescindir como for possível.

Na Alemanha, a maior economia europeia, a interrupção do fornecimento de gás russo provocaria uma queda total de 6,5% do PIB em 2022 e 2023, conforme estudo publicado em abril passado pelos principais institutos econômicos do país.