Petróleo fecha em leve alta com temores de expansão da guerra Israel-Hamas
O petróleo fechou em leve alta nesta terça-feira (17), sustentado pelos temores de uma expansão do conflito entre Israel e o Hamas após o bombardeio de um hospital em Gaza.
O barril de petróleo Brent do Mar do Norte para entrega em dezembro fechou com alta de 0,27%, a 89,90 dólares, mas subiu acima de 90 dólares nas negociações eletrônicas após o fechamento em Londres.
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O West Texas Intermediate (WTI) para entrega em novembro, por sua vez, fechou estável a 86,66 dólares, acima dos 87 dólares nas transações após o fechamento em Nova York.
Pelo menos 200 pessoas morreram nesta terça-feira devido ao bombardeio a um hospital em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território palestino controlado pelo Hamas. Enquanto o grupo islâmico responsabilizou Israel pelo ocorrido, o governo israelense atribuiu o ataque à Jihad Islâmica.
"O prêmio de risco geopolítico está aumentando porque a situação no Oriente Médio está evoluindo minuto a minuto", afirmou John Kilduff, da Again Capital, após o fechamento.
O ataque ao hospital em Gaza "é tipicamente a ação que aumenta os riscos de tornar este conflito potencialmente mais regional, o que poderia ameaçar o fornecimento de petróleo na região", acrescentou o analista.
Até agora, o mercado de petróleo "tenta ser cauteloso em suas reações", destacou.
O mercado está preocupado que o conflito se estenda ao Irã, um grande produtor de petróleo e membro da OPEP, ou até mesmo um eventual endurecimento das sanções contra Teerã, que apoia o Hamas.
De qualquer forma, o avanço do petróleo estava sendo contido pela perspectiva de um aumento na oferta de petróleo da Venezuela, após relatos na imprensa na segunda-feira sugerirem um acordo entre o governo Biden e o presidente venezuelano Nicolás Maduro.
O acordo visaria aliviar as sanções à indústria petrolífera venezuelana em troca de eleições presidenciais com revisão internacional no próximo ano.
As atuais sanções impostas pelos Estados Unidos à Venezuela em 2017 buscavam responder às medidas do governo de Maduro contra a oposição política venezuelana.
Nesse período, o volume de exportações de petróleo venezuelano caiu para cerca de um quarto do que era. Em 2016, a cifra era de quase dois milhões de barris por dia.
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