América Latina supera recessão, mas crescerá menos que outras regiões, diz BID
Mendoza (Argentina), 23 mar (EFE).- A América Latina e o Caribe crescerão, em média, 2,6% entre 2018 e 2020, abaixo do crescimento global, devido aos baixos níveis de investimento e produtividade, indicou nesta sexta-feira o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao apresentar seu relatório macroeconômico.
Embora a América Latina vá voltar a crescer após dois anos de recessão, o fará num ritmo muito mais baixo do que o de outras regiões, como a Ásia e a Europa emergente, que projetam um crescimento de 6,5% e 3,7%, respectivamente, para o mesmo período.
A expansão latino-americana, no entanto, é desigual: espera-se que o Cone Sul (excluindo o Brasil) apresente um índice de crescimento de 2,9% entre 2018 e 2020, que o México cresça 2,7% nesse triênio, e que o Brasil avance 2%.
"A boa notícia é que a maioria da região voltou a crescer", disse José Juan Ruiz, economista-chefe do BID, ao informar a primeira parte do relatório no marco da assembleia anual da organização, realizada nesta semana em Mendoza (Argentina).
Ruiz apontou que "o crescimento não é suficientemente veloz para satisfazer as demandas da crescente classe média" e ressaltou que "o maior desafio é aumentar os níveis e a eficiência dos investimentos para que a região se torne mais produtiva, cresça de maneira mais veloz e estável e resguarde a região de 'choques' externos".
A reunião anual da instituição financeira pan-americana, que se estenderá até o próximo domingo, conta com a presença de centenas de líderes econômicos e políticos da região.
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