Setor de transporte aéreo prevê perdas de US$ 39 bilhões no 2º trimestre
A previsão, que considera um cenário em que os limites de saúde para o transporte aéreo são estendidos entre abril e junho, também prevê que as companhias aéreas serão forçadas a gastar US$ 61 bilhões de suas reservas de caixa nesse trimestre para cobrir indenizações de passageiros e outras despesas.
A receita nesse período, ainda de acordo com a IATA, cairá 68%, um pouco menos do que a demanda de passageiros, já que o transporte de carga reduziu suas operações em menor escala.
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Os números ruins do setor poderiam ser parcialmente atenuados pela queda dos preços do petróleo e, consequentemente, dos combustíveis, e a associação espera que isso contribua para uma redução de 31% dos custos variáveis, o que é insuficiente para compensar as perdas de receitas.
"As companhias aéreas não podem reduzir seus custos o suficiente para evitar o impacto desta crise", analisou o diretor-geral da Iata, Alexandre de Juniac, que classificou as perdas previstas para o segundo trimestre como "devastadoras".
A associação havia previsto anteriormente que a crise gerada pela Covid-19 causaria uma queda de 38% na demanda global de transporte aéreo neste ano e que em 2020 haveria uma queda de US$ 252 bilhões em receitas em comparação com o ano de 2019.
A organização, que agrupa quase 300 companhias aéreas em todo o mundo, também enalteceu o fato de alguns governos já terem aprovado medidas para aliviar a crise no setor, por exemplo, flexibilizando as políticas de compensação aos passageiros, incluindo as de Estados Unidos, Colômbia, China, Austrália e Noruega.