IBC-Br indica queda perto de 1% do PIB no 2º trimestre, avalia Banco Fator
Maria Regina Silva
São Paulo
15/08/2018 10h19
"Certamente, tem o efeito da greve dos caminhoneiros, mas antes mesmo da paralisação a atividade já estava desacelerando. A greve se somou ao que vinha acontecendo. O desempenho do mercado de trabalho a partir de abril é uma mostra. Algumas empresas começaram a contratar, mas o emprego ainda está ruim", afirma.
A despeito da expectativa de resultados mais favoráveis da atividade referentes ao terceiro trimestre, Lima Gonçalves pondera que isso não o anima a ponto de estimar um crescimento acima de 1,00% para o PIB de 2018. "Mesmo que tenha uma recuperação no terceiro trimestre em relação ao segundo, o PIB deve fechar o ano mais perto de 1,00%", estima.
Diante do cenário enfraquecido da atividade, o economista não vê espaço para aumento na taxa de juros. Neste sentido, acredita que o juro deve ficar em 6,50% por um longo tempo. "A Selic não deve subir tão cedo mesmo com incertezas externas. Também acho difícil cair dado o argumento do Copom na ata de que a condução da política monetária depende da continuidade das reformas, do andar da carruagem e do quadro internacional. Se o externo não tinha piorado em relação à reunião passada, desta vez piorou", diz.