Comissão começa a investigar causas da explosão na Replan, diz FUP
Fernanda Nunes
Rio
22/08/2018 17h26
O setor administrativo da refinaria foi retomado, mas a operação continua paralisada, sem previsão de retorno, segundo o sindicato. A explosão ocorreu na última segunda-feira, em uma unidade de craqueamento, que transforma as partes mais pesadas do petróleo em derivados mais nobres. O tanque de águas ácidas explodiu e provocou o incêndio na área. As chamas, então, se alastraram e atingiram uma unidade de destilação, onde há a separação dos derivados do petróleo processado.
Na Replan, funcionam duas unidades de craqueamento e duas de destilação. "Como apenas duas das quatro unidades foram afetadas, a refinaria poderia retomar o processo operacional parcialmente. O problema é que várias linhas de tubulação, que passam pelas unidades prejudicadas, sofreram grandes avarias e essa malha é fundamental para o acionamento parcial da refinaria", informou o sindicato, complementando que, sem essas tubulações, não será possível retomar a operação nas duas unidades que não foram atingidas.
"O que chama a atenção do sindicato é que o acidente aconteceu poucos dias após o término de uma parada para manutenção do craqueamento. Pela primeira vez, o serviço foi executado por uma empresa de fora, apenas com trabalhadores terceirizados. O serviço incluiu a manutenção das grandes máquinas, que demandam conhecimento específico e mais qualificado", traz a nota da FUP.
Procurada, a Petrobras ainda não se pronunciou sobre a previsão de retomada da produção na refinaria.