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Reforma administrativa não atinge nenhum direito adquirido, garante Guedes

Segundo o ministro da Economia, governo projeta um "Estado futuro com meritocracia", "com 20 a 30 carreiras em vez de 300" - Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
Segundo o ministro da Economia, governo projeta um "Estado futuro com meritocracia", "com 20 a 30 carreiras em vez de 300" Imagem: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

Amanda Pupo e Eduardo Rodrigues

Brasília

12/02/2020 20h07

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer nesta quarta-feira (12) que o governo prepara uma reforma administrativa, apesar das indicações de que o Planalto praticamente desistiu de enviar uma proposta ao Congresso.

"Estamos propondo reforma administrativa que não atinge nenhum direito adquirido", afirmou Guedes, que novamente se defendeu das críticas após ter comparado os servidores públicos a "parasitas". "Não disse que funcionários públicos são parasitas, mas que o Estado está ficando parasitário", acrescentou.

Para solucionar o problema, Guedes afirmou que o governo projeta um "Estado futuro com meritocracia". "Com 20 a 30 carreiras em vez de 300", disse. O ministro lembrou que a ideia é implantar um período de experiência no setor público antes que o cidadão atinja a estabilidade no emprego.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, mostrou ontem, 11, no entanto, que a reforma administrativa não tem mais prazo para chegar aos parlamentares. O recuo foi decidido pelo Palácio do Planalto após consultas a lideranças no Parlamento, que apontaram falta de "clima político" para o governo enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

Guedes sinalizou, porém, que não desistirá das reformas defendidas por ele e sua equipe econômica. "Temos um rumo definido e não vamos recuar, podemos bater no muro uma ou duas vezes, mas damos a volta. Temos um presidente determinado e um Congresso reformista", disse.

Ao destacar os custos com a folha de salário no serviço público, o ministro ainda lembrou da necessidade de se aprovar a PEC da emergência fiscal para que os governos consigam acessar gatilhos de contenção de gastos mais rapidamente em períodos de crise.

"O Pacto Federativo é uma devolução dos orçamentos públicos à classe política. Quem dirige o Brasil é um software, já está tudo carimbado. Nos conformamos com gestão orçamentária medíocre", disse.

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