Petroleiros protestam após morte em refinaria da Petrobras no RJ
Daniela Amorim e Denise Luna
No Rio de Janeiro
21/02/2022 10h19Atualizada em 21/02/2022 10h22
Um funcionário morreu no último sábado (19) em um acidente de trabalho na Reduc (Refinaria Duque de Caxias), da Petrobras.
O caldeireiro José Arnaldo de Amorim era empregado da empresa C3 Engenharia, e na hora do acidente encontrava-se em local confinado, segundo o Sindipetro Caxias (Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias)
De acordo com a Petrobras, o colaborador morreu durante "atividade de manutenção no interior de um equipamento" da Reduc.
"O colaborador recebeu atendimento médico imediatamente no local e foi levado para atendimento externo, mas, infelizmente, não resistiu", disse a petroleira em nota à imprensa.
"A companhia acompanhará o caso junto à empresa contratada e formou uma comissão para investigação que permita esclarecer as circunstâncias da ocorrência. As autoridades competentes foram comunicadas", acrescentou.
O sindicato dos petroleiros convocou os trabalhadores para um ato em memória à vítima na manhã de hoje, em frente à refinaria.
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), os manifestantes interditaram por volta das 8h o tráfego na rodovia BR-040, na altura do quilômetro 113, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Os agentes calculam que o protesto reuniu cerca de 60 pessoas nesta manhã. Os manifestantes alegam que trabalham em condições precárias de segurança e reclamam que a refinaria se recusou a interromper os serviços, a despeito da morte do funcionário durante o expediente.
Após o protesto, os manifestantes saíram da rodovia e estavam reunidos por volta com representantes sindicais dentro da Reduc, disse a polícia rodoviária.
Houve protesto também no domingo, quando a direção do Sindipetro Caxias pediu a suspensão de todas as Permissões de Trabalho, além de todos os serviços da Parada de Manutenção, até que fossem apurados os fatos que levaram à morte do funcionário.