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Se não acontecer nada no próximo Copom vai surpreender o mundo, não só o Brasil, diz Haddad

O Ministro da Economia, Fernando Haddad, durante entrevista à Folha, em escritório da pasta localizado em São Paulo Imagem: Marlene Bergamo/Folhapress

Em Brasília

26/07/2023 15h56Atualizada em 26/07/2023 17h19

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que se o Banco Central não promover nenhuma redução na taxa Selic na próxima semana "vai surpreender o mundo".

"Se não acontecer nada no próximo Copom, isso vai surpreender o mundo, não vai surpreender o Brasil. Vai surpreender o mundo. Um país que está com a inflação menor que a americana e europeia, praticar uma política monetária dessa, qual é o objetivo disso?", disse, em entrevista.

Haddad alertou que a manutenção dos juros em 13,75% ao ano pode começar a erodir o trabalho que o Ministério da Fazenda tem feito e voltou a repetir que política fiscal e monetária precisam estar em harmonia.

Questionado sobre a indicação para a presidência do Banco Central em 2025 e se Gabriel Galípolo, ex-número 2 da Fazenda e atual diretor de política monetária do BC, é uma opção, Haddad disse que essa decisão cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Haddad reiterou que Galípolo é qualificado e preparado não apenas para essa função. "Galípolo é uma grata surpresa para a política. Uma pessoa que nunca participou da vida pública e teve uma estreia muito enriquecedora", disse.

Na avaliação do ministro, sempre é bom saber conversar e o presidente do BC precisa se comunicar bem e transmitir ideias complexas de forma simples e segura.

Os papéis técnico e político precisam coexistir na mesma pessoa. Haddad reiterou que o presidente do BC precisa ter atributos políticos, no bom sentido da palavra.

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