Governo deve criar fundo de até R$ 6 bi para socorrer aéreas
Brasília
25/01/2024 12h45Atualizada em 25/01/2024 14h03
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse na quarta-feira, 24, que o governo criará um fundo para financiar a aviação civil. Ele também afirmou que o Executivo trabalha para baixar o preço do querosene usado em aviões, e que há "sensibilidade" da Petrobras sobre o assunto.
Costa Filho disse que o fundo deverá ter de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões. A formatação e o valor exato, segundo ele, são discutidos com o Ministério da Fazenda e do BNDES.
O projeto será apresentado em dez dias, de acordo com Silvio Costa Filho.
Ele afirmou que será marcada uma reunião para discutir o preço do querosene. Silvio Costa Filho falou a jornalistas no Palácio do Planalto, depois de discutir o assunto com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
A presidente da Abear, entidade que representa as aéreas, Jurema Monteiro, estava com Costa Filho.
O ministro disse que será elaborado um plano para fortalecer a aviação. Isso incluiria discussões sobre a judicialização do setor e entrada de novas empresas no mercado brasileiro.
De acordo com ele, a elaboração do plano foi determinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar do crescimento de 15,3% na movimentação de passageiros em 2023, o ministro tem afirmado que ainda há desafios para fortalecer as companhias - que se queixam de crise arrastada desde a pandemia de covid-19 - e resultar em maior democratização do acesso aos voos.
Voa Brasil
Costa Filho disse que o Voa Brasil, programa de passagens aéreas baratas do governo federal, será anunciado pelo presidente Lula no dia 5 de fevereiro, e passará a valer no mesmo dia.
O programa, que terá passagens de até R$ 200, deve contemplar, de início, aposentados do INSS e estudantes do Prouni que não viajaram de avião nos últimos 12 meses.