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Após queda, já é hora de comprar Vale? Sim, mas para longo prazo, diz analista

11/03/2011 11h24

SÃO PAULO - Após a forte queda acumulada nas últimas sessões, surge a dúvida se o momento já é favorável para comprar ações da Vale (VALE3 e VALE5).

Para o analista Marcelo Varejão, da Socopa, a oportunidade é boa, desde que faça parte de uma estratégia para médio e longo prazos.

Varejão destaca o forte potencial de crescimento da companhia, tanto nos próximos trimestres quanto ao longo dos anos que virão, para os quais investimentos de peso já foram apresentados.

Na quinta-feira (10), as ações preferenciais da Vale, que não dão direito a voto, fecharam em queda de 3,3%, a R$ 46,06. Em dois dias, os papéis caíram 6,1%.

As ações ordinárias da mineradora, que dão direito a voto, fecharam em queda de 2,83%, R$ 52,10. No acumulado dos últimos dois dias, a queda é de 6,38%.

Oscilação no curto prazo

Entretanto, o cenário de curto prazo para as ações da mineradora foi afetado nos últimos dias pela cobrança de R$ 4 bilhões em royalties por parte do governo, bem como pelos conflitos políticos no norte da África, que veem desestabilizando o mercado de ações como um todo e potencializando o impacto de notícias negativas específicas da companhia.

Também surgem dúvidas sobre o crescimento da economia global, após a divulgação de indicadores decepcionantes sobre inflação e exportações na China, um dos principais destinos das exportações da Vale.

Dessa forma, é possível que as ações da Vale continuem apresentando instabilidade nas próximas sessões e, na medida em que forem reduzidos os riscos externos e as questões junto ao governo superadas, os papéis devem voltar a apresentar o mesmo vigor de antes.

Questão dos royalties não preocupa

A exemplo de outros analistas, Varejão minimiza os possíveis impactos da questão envolvendo os royalties ao lembrar que este processo não é novo e fora apenas requentado. 

Neste sentido, Daniella Maia, da Ativa Corretora, já afirmara que mesmo a notícia tendo um efeito negativo para Vale, é muito remota a possibilidade de paralisação das atividades da companhia em Carajás e, bem como de que a cobrança dos royalties tenha julgamento e efeito no curto prazo.