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Uso do SMS para cobrança de dívidas dobra entre 2010 e 2011

Patricia Stavis/Folha Imagem
Imagem: Patricia Stavis/Folha Imagem

04/11/2011 11h53

SÃO PAULO – Entre 2010 e 2011 houve uma queda de 166% na utilização dos correios pelas principais empresas de cobranças, por conta da popularização dos serviços de SMS (short message service), cujo uso dobrou no mesmo período.

Este ano, as principais empresas de cobrança do Brasil enviaram, mensalmente, mais de 6 milhões de torpedos SMS e 1,5 milhão de cartas destinadas a consumidores de todo o país, solicitando a quitação de débitos. Em 2010, no entanto, a situação era outra, com as cartas sendo o recurso mais utilizado para tal fim. Foram 4 milhões de cartas contra 3 milhões de torpedos enviados por mês. 

A informação é da Comunika, especializada em negócios móveis, com dados do Instituto Geoc (Gestão de Excelência Operacional em Cobranças).

As ações de cobranças --com objetivo de recuperar o crédito-- por meio do SMS corporativo ainda são novidades no mercado. No entanto, segundo a Comunika, a aplicação desse recurso nas cobranças está fazendo efeito, mostrando-se eficiente no relacionamento com consumidores que possuem pendências.

Vantagem

O gerente de negócios da Comunika, Daniel Bulach, acredita que o uso do SMS ajuda os consumidores, no sentido de tomar as providências rapidamente, antes do bloqueio do seu crédito, porque a mensagem é recebida instantaneamente, ao passo que as cartas levam de 3 a 7 dias para chegar.

Os investimentos em tecnologia por parte das empresas de cobrança possivelmente vão se expandir até o final do ano. Isso será reflexo, conforme afirma a superintendente do Igeoc, do aumento do crédito, que deverá atingir 48% do PIB (Produto Interno Bruto) até o final do ano.

Bulach ainda comenta duas outras vantagens da tecnologia: a discrição e eficiência. O SMS é um tipo de ferramenta que não interrompe as atividades dos usuários, já que fica armazenado até sua leitura.

Bulach ainda lembra uma pesquisa feita pela Acision em 2010, que revelou um percentual de 79% de usuários dispostos a receber mensagens via celular, desde que sua privacidade seja respeitada.