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Especialistas indicam melhores investimentos para quem já se aposentou

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Imagem: Shutterstock

24/01/2012 14h01

SÃO PAULO – Investir é importante e deve fazer parte dos seus planos durante todas as etapas da vida, inclusive na terceira idade e durante a aposentadoria. A opinião é compartilhada pelos especialistas consultados pelo InfoMoney e também é consenso entre a maioria dos profissionais ligados às finanças.

A opinião deles só se divide quando o assunto é o tipo de investimento indicado para cada idade. Enquanto alguns afirmam que, com o passar do tempo, o investidor deve ficar mais conservador, outros acreditam que a maneira de investir não deve mudar à medida que os anos avançam.

O professor do LabFin, Keyler Carvalho Rocha, é adepto da primeira opção. Para ele, o ideal é que o investidor diminua a sua exposição ao risco com o passar do tempo e dê preferência a ativos menos voláteis, como os títulos de renda fixa.

“Quanto mais velho o investidor, menos chance ele terá de se recuperar em casos de fortes perdas”, explica Rocha.

Melhores aplicações para investidores da terceira idade

Para aqueles que já estão aposentados (que normalmente têm uma idade mais avançada), Rocha afirma que o ideal é manter a carteira focada em ativos de renda fixa.

Mas, segundo ele, mesmo os aposentados devem dividir as aplicações em duas partes: uma voltada para gastos mais imediatos, como a compra de remédios ou despesas comuns nesta faixa etária, e outra para objetivos de longo prazo.

“No primeiro caso, o investidor deve priorizar a liquidez, por isso o ideal é aplicar em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) de dois anos, por exemplo, e negociar a taxa (percential do CDI) com o gerente do banco”, diz. 

Segundo ele, os fundos de renda fixa com liquidez [olhar o prazo de resgate na lâmina do fundo] também podem ser uma opção, mas nesse caso é preciso se atentar para a taxa de administração cobrada.

“Se a taxa for muito alta pode não valer a pena, já que também há incidência de Imposto de Renda”, aponta.

Já para aplicações com um horizonte maior, ele afirma que o ideal são os títulos do Tesouro Direto, que trazem uma rentabilidade interessante com custos bastante acessíveis.

“Aconselho principalmente os títulos atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), pois desta maneira o investidor protege o seu patrimônio das perdas geradas pela inflação”, aponta o professor. 

Maneira de investir não deve mudar

Já o economista e professor de finanças Richard Rytenband tem opinião diferente. Segundo ele, o tipo de ativo a ser escolhido pelo investidor não deve ter relação com a idade, mas sim com o cenário econômico daquele momento.

“Independentemente da idade, o investidor deve sempre fazer as suas aplicações com base no momento econômico. Se a economia estiver em uma época tranquila, sem problemas graves, ele deve priorizar o fluxo de capital – investimentos que garantem um rendimento mensal, como a renda fixa ou ações pagadoras de dividendos”, diz Rytenband.

Já se o momento econômico for de incertezas e crise, o ideal é investir em ativos que proporcionem ganho de capital – como as ações.

“Em épocas de fortes turbulências econômicas, o preço das ações costuma ficar muito abaixo do seu valor real. E esta é uma ótima oportunidade para comprar e conseguir uma rentabilidade maior”, aconselha.

Para ele, a estratégia deve ser utilizada por todos, independentemente da idade.

“Mesmo um aposentado deve utilizar este método. É a melhor maneira de conseguir ganhos acima da inflação e se tornar independente financeiramente”, conclui.