'WSJ': América Latina é bom lugar para investimento, mas Brasil é 'descartado'
SÃO PAULO - A América Latina, mesmo ficando para trás em relação aos mercado em desenvolvimento em 2013, está "pronta para a virada", de acordo com asessores financeiros consultados pelo jornal "Wall Street Journal".
Contudo, assim como a matéria do "Financial Times" da semana anterior, a publicação norte-americana destacou que os gestores de carteiras estão mais dispostos a investir em países menores, como México e Chile, em vez de de investir do Brasil. De acordo com eles, aqueles dois países são uma melhor aposta para o crescimento no longo prazo.
A reportagem destaca que alguns índices dos países emergentes, como o iShares Latin America 40 e o iShares MSCI Emerging Markets ETF tiveram retornos de mais de 10% nos últimos dez anos mas, ultimamente, a queda dos preços das commodities com a mudança estrutural da China vem diminuindo a animação com a região, particularmente para o Brasil.
Neste ano, o índice iShares MSCI dedicado a ETFs no Brasil teve queda de 13%, tendo um grande impacto sobre os fundos da região, que tiveram baixa de 4,3% até agora, de acordo com o índice MSCI Emerging Markets ETFs.
Um dos analistas consultados pelo jornal norte-americano, Peter Lanniganm destaca ainda que as políticas econômicas do governo não ortodoxas contribuíram para a queda de investimento no país, assim como o controle de preços de mercado que visam domar a inflação.
Enquanto isso, o governo possui uma grande participação em grandes empresas como a Vale e a Petrobras. Para o curto prazo, as perspectivas para o Brasil não são boas; porém, aponta, o País é um "gigante adormecido" que poderia facilmente voltar a crescer dois dígitos ao longo dos próximos anos.
Porém, por enquanto, o México parece ser o investimento mais interessante da América Latina, em meio às reformas de mercado e à demografia que favorece uma força de trabalho jovem.
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