IPCA
0,46 Jul.2024
Topo

Desemprego recua para 5,3% em dezembro e é o menor desde 2002, diz IBGE

Da Redação, em São Paulo

27/01/2011 09h01

O desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país caiu pelo sétimo mês seguido e ficou em 5,3% em dezembro de 2010, o que representa o menor índice registrado na série histórica, iniciada em março de 2002.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em novembro, o índice ficou em 5,7%, até então o recorde da série.

No mês final de 2010, o contingente de desocupados se situou em 1,3 milhão de pessoas, com recuo de 8% perante novembro de 2010 e de 21,4% na comparação com dezembro de 2009. Em 2010, esse grupo ficou, em média, em 1,6 milhão de pessoas, 15% menor do que um ano antes.

Quanto à população ocupada, eram 22,5 milhões nessa condição em dezembro de 2010, sem mudança na base mensal, mas 2,9% acima perante à marca do fim de 2009. Na média do ano passado, os ocupados equivaleram a 22 milhões de pessoas, excedendo em 3,5% o nível de 2009.

O IBGE revelou que o rendimento médio real habitual dos trabalhadores de R$ 1.515,10 em dezembro de 2010 teve queda de 0,7% no comparativo com novembro do mesmo exercício, porém aumentou 5,9% frente a dezembro de 2009. "O ano de 2010 apresentou a maior média do rendimento médio mensal habitual desde 2003, R$ 1.490,61, o que representou um ganho de 3,8% em relação a 2009 e de 19,0% em relação a 2003", observou o IBGE.

Índice

O índice de desemprego do IBGE mede apenas o desemprego aberto, ou seja, quem procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceu nenhum tipo de trabalho -remunerado ou não- nos últimos sete dias.

Quem não procurou emprego ou fez algum bico na semana anterior à pesquisa não conta como desempregado para o IBGE.

A pesquisa abrange as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Diferentes índices

Diferentes levantamentos medem o desemprego no país. Os números do IBGE, por exemplo, são bem menores que os do Dieese/Seade.

As divergências ocorrem por causa das metodologias diferentes adotadas. A principal delas é que o IBGE mede apenas o desemprego aberto, ou seja, quem procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceu nenhum tipo de trabalho -remunerado ou não- nos últimos sete dias.

Quem não procurou emprego ou fez algum bico na semana anterior à pesquisa não conta como desempregado para o IBGE.

O Seade/Dieese também consideram o desemprego oculto pelo trabalho precário (pessoas que realizaram algum tipo de atividade nos 30 dias anteriores à pesquisa e buscaram emprego nos últimos 12 meses) e o desemprego oculto pelo desalento (quem não trabalhou nem procurou trabalho nos últimos 30 dias, mas tentou nos últimos 12 meses).

(Com informações da Reuters)