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Baixa renda foi a que mais tomou dinheiro emprestado no 1º semestre, diz Serasa

Do UOL Economia, em São Paulo

08/07/2011 08h46

Os consumidores de baixa renda (que ganham até R$ 500 por mês) lideraram a busca por empréstimos e financiamentos no primeiro semestre. A expansão registrada por esta classe de renda foi de 34,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar, aparecem os consumidores que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês, com alta de 19,2%.

O crescimento de empréstimos entre a classe de baixa renda foi mais que o dobro da média geral dos brasileiros, que foi de 13,7% em relação ao primeiro do ano passado.


Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pela Serasa Experian. O crescimento geral, de 13,7% foi ligeiramente inferior ao verificado nos semestres anteriores (alta de 16,6% no 1º semestre de 2010 e de 16,2% na segunda metade do ano passado), revelando que a procura do consumidor por crédito exibiu certa desaceleração na primeira metade deste ano de 2011.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a desaceleração da demanda do consumidor por crédito exibida durante o primeiro semestre de 2011 parece ter ficado abaixo do esperado diante da sequência de elevação dos juros e da adoção de outros medidas pelo governo.

Para a Serasa Experian, isso indica que a taxa básica de juros (Selic) deve subir mais ainda no segundo semestre, com o objetivo de conter o consumo e a inflação.

Nordeste liderou tomada de crédito por região

Geograficamente, a maior alta da demanda dos consumidores por crédito no primeiro semestre ocorreu na região Nordeste: crescimento de 17,1% em relação ao primeiro semestre de 2010. Na região Norte, a alta foi um pouco menor: 14,2% comparativamente aos primeiros seis meses do ano passado.

Os consumidores das regiões Sudeste e Centro-Oeste registraram altas muito semelhantes em termos de procura por crédito neste primeiro semestre de 2011: 13,3% e 13%, respectivamente.

A última colocação ficou com os consumidores da região Sul, com alta de 11,9% na busca por crédito em relação ao primeiro semestre do ano passado.