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Dólar não afeta preço de brinquedo importado no Dia das Crianças, diz associação

Aiana Freitas

Especial para o UOL Economia, em São Paulo

07/10/2011 06h00

A alta do dólar não teve impacto no preço dos brinquedos importados que estão sendo vendidos nas lojas para o próximo Dia das Crianças (quarta-feira, 12). A avaliação é do diretor-presidente da Abrimpex (Associação Brasileira dos Importadores e Exportadores de Brinquedos e Produtos Infantis), Eduardo Benevides.

"Os importadores compraram os brinquedos no início do ano, quando o dólar estava baixo", afirma Benevides. Cerca de 60% dos brinquedos vendidos no Brasil são importados, a maior parte da China.

Segundo Benevides, os preços dos importados estão, assim, semelhantes aos cobrados em 2010. "Somente para o próximo ano é que começaremos a sentir possivelmente algum impacto nos preços, caso o dólar feche o ano entre R$ 1,70 e R$ 1,90. Nesse caso, pode ocorrer um aumento entre 10% a 15%", diz o diretor-presidente da Abrimpex.

Apesar da estabilidade nos preços neste Dia das Crianças, Benevides acredita que o consumidor será cauteloso nas compras. "Cerca de 80% dos presentes serão brinquedos com preços entre R$ 15 e R$ 50", prevê.

Produtos nacionais estão 2% mais baratos, segundo fabricantes

Já os fabricantes de brinquedos nacionais dizem que seus produtos tiveram o valor reduzido neste ano em 2%, na comparação com o Dia das Crianças de 2010.

"O aumento na escala de produção da indústria permitiu a queda", diz o presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), Synésio Batista da Costa.

As empresas nacionais colocaram nas lojas mais de 900 lançamentos para a data. "Cerca de 65% dos brinquedos custam até R$ 30", afirma Costa.

Shoppings esperam aumento de 9% nas vendas

O movimento de compras de presentes deve se intensificar neste fim de semana, o último antes da data. A estimativa é de um aumento de 9% nas vendas dos shopping centers neste Dia das Crianças, na comparação com 2010.

"Ninguém deixa de comprar presente", diz o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun. "É a melhor data para o setor infantil –as vendas são melhores até que as do Natal", diz Sahyoun.

O economista da Associação Comercial de São Paulo Emílio Alfieri, no entanto, considera essa estimativa otimista demais. Ele diz que o aumento será de, no máximo, 5%.

Alfieri destaca, entre os motivos para essa estimativa mais tímida, a atual crise econômica, que deixa o consumidor menos confiante, e as medidas tomadas pelo governo para conter a expansão do crédito, como o aumento de 10% para 15% do pagamento mínimo do cartão.