IPCA
0,46 Jul.2024
Topo

Investimento estrangeiro direto bate novo recorde e passa de US$ 50 bi no ano

25/10/2011 12h36

O Brasil recebeu até setembro US$ 50,451 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED), segundo dados divulgados nesta terça-feira (25) pelo Departamento Econômico do Banco Central (BC). É o maior valor para o período desde o início da série histórica do BC, em 1947.

O montante é mais que o dobro registrado em igual período do ano passado: US$ 22,557 bilhões.

Para 2011, a expectativa é de ingressem US$ 60 bilhões, montante mais do que suficiente para financiar as despesas líquidas do país com comércio, serviços, transferências de renda (lucro, juro e salários) e transferências unilaterais.

Resultado de setembro é o melhor para o mês desde 2004

Somente em setembro deste ano, o país registrou US$ 6,326 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED), já descontadas repatriações de capital aos países de origem. É o melhor resultado para o mês desde 2004.

O resultado é maior do que o verificado em agosto, quando ingressaram liquidamente US$ 5,606 bilhões.

Resultado de setembro supera expectativas

O BC esperava que, em setembro, o investimento direto líquido fosse de US$ 5 bilhões, já contabilizada uma desaceleração decorrente dos efeitos da deterioração do mercado global.

O efetivamente ocorrido, portanto, ficou acima da previsão oficial.

A parcela de IED relativa à aquisição de participações diretas no capital de empresas alcançou US$ 5,367 bilhões no mês, ante US$ 4,339 bilhões em agosto e US$ 3.393 em setembro de 2010. No ano, o montante chega a US$ 40,123 bilhões, ante US$ 20,278 bilhões de igual período do ano passado.

Os ingressos líquidos de empréstimos feitos por empresas estrangeiras a filiais no país somaram, por sua vez, US$ 959 milhões em setembro e US$ 10,238 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Houve aceleração sobre o ingresso registrado no mesmo período de 2010, quando os créditos intercompanhias somaram US$ 2,278 bilhões de janeiro a setembro.

Esse tipo de recurso, assim como as participações diretas no capital, não costumam fugir do país em momentos de corrida para o dólar e, por isso, também são classificados como IED, considerado a melhor fonte de financiamento externo.

Em 12 meses, o fluxo líquido de IED já chega a US$ 76,332 bilhões, o equivalente a 3,26% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo BC.

(Com informações do Valor)