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Greve do metrô em SP gera perda de R$ 42 mi ao comércio, segundo estimativa

Do UOL, em São Paulo

23/05/2012 18h39Atualizada em 23/05/2012 18h46

A paralisação do metrô da cidade de São Paulo pode representar uma perda de R$ 42 milhões ao varejo na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), segundo estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

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  • Para chegar ao valor, a entidade considerou que, diariamente, o varejo da região movimenta cerca de R$ 420 milhões. Desse total, 10% são de compras por impulso e de consumo imediato. Esses 10% não são recuperáveis. Já as demais compras poderão ser realizadas nos próximos dias.

     “O consumidor que pretendia comprar, por exemplo, uma máquina de lavar hoje, mas foi impossibilitado, o fará amanhã. Já o que não tomou café da manhã ou deixou de almoçar fora, naturalmente não vai fazer uma refeição adicional amanhã”, segundo a FecomercioSP.

    Os estabelecimentos mais prejudicados, segundo a entidade, foram bares, lanchonetes, praças de alimentação de shoppings  e restaurantes.

    O impacto maior vai acontecer no comércio de rua, segundo a entidade, já que os shoppings centers têm estacionamento.

    Greve

    A greve parcial do metrô e da CPTM causou tumulto, protestos e congestionamento recorde na história da capital, no período da manhã. Com a greve, o rodízio municipal de veículos foi suspenso.

    Por volta das 7h de hoje, um grupo de usuários do metrô bloqueou a Radial Leste, em frente à estação Corinthians-Itaquera. A polícia dispersou o bloqueio com bombas de gás, e houve correria em frente à estação; um ônibus teve os pneus furados no meio da via. Uma mulher e dois homens foram detidos durante a manifestação. Levados à Central de Flagrantes do 63º DP (Vila Jacuí), os três assinaram um termo circunstanciado e foram liberados. Eles responderão em liberdade por desacato.

    Já na entrada da estação Jabaquara, passageiros fizeram uma fogueira com jornais. Usuários relatam que perderam compromissos e não conseguiram embarcar em ônibus, quase todos lotados.

    O Metrô e o sindicato dos metroviários de São Paulo, recém-desfiliado da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), não deram informações sobre o total de pessoas afetadas. Em nota, a companhia diz que a operação está sendo realizada com funcionários que não aderiram à greve e com seu quadro administrativo, que foi deslocado e está atuando nas estações e bilheterias.