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Balança comercial no 1º semestre tem pior resultado em dez anos

Do UOL, em São Paulo

02/07/2012 15h55Atualizada em 02/07/2012 16h51

As exportações brasileiras superaram as importações em US$ 807 milhões em junho, informou nesta segunda-feira (2) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).  O superavit comercial do primeiro semestre deste ano ficou em US$ 7,073 bilhões, o pior resultado para um primeiro semestre desde 2002. 

O valor também ficou 45% menor que o montante de US$ 12,959 bilhões apurado na primeira metade do ano passado. Com esse resultado, as exportações do primeiro semestre somam US$ 117,215 bilhões, cifra menor que o total de US$ 118,303 bilhões embarcados nos seis primeiros meses de 2011.  

O saldo comercial registrado em junho também é o segundo pior do ano, perdendo apenas para o deficit de US$ 1,299 bilhão de janeiro. O valor também é 81,8% inferior ao registrado em junho de 2011, quando apresentou saldo de US$ 4,430 bilhões. Em maio, a balança havia registrado superavit de US$ 2,953 bilhões. 

No mês, as exportações alcançaram o valor de US$ 19,354 bilhões, queda de 14,2% sobre junho de 2011 e de 8,3% em relação a maio, pela média diária. Já as importações registraram aumento de 1,1%, e de 0,7% em relação ao mês anterior, pela média diária. 

As importações acumuladas ate junho totalizam US$ 110,142 bilhões, ante US$ 105,344 bilhões entre janeiro e junho do ano passado.

Financiamento

O superavit da balança comercial tem sido umas das principais fontes de financiamento da conta de transações correntes -que integra operações do país com o exterior, como comércio, gastos com viagens internacionais e remessas de lucros e dividendos.

Essa contribuição tem, no entanto, sido menor em comparação ao ano passado em função do forte encolhimento do saldo comercial ao longo dos primeiros meses do ano. Em maio, o saldo em transações correntes ficou negativo em US$ 3,468 bilhões.

Este ano as exportações brasileiras enfrentam duas dificuldades: a retração da economia internacional, que reduz os fluxos comerciais, e a desvalorização dos preços das commoditites agrícolas e minerais, que diminui o valor em dólar das vendas feitas no exterior.

(Com informações da Reuters)