Deficit nas contas externas fica em US$ 3,7 bi em julho, abaixo do previsto pelo BC
O saldo das transações correntes, compras e vendas de mercadorias e serviços do país, teve resultado negativo de US$ 3,766 bilhões em julho e acumulou deficit de US$ 29,108 bilhões nos sete primeiros meses do ano. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Banco Central (BC).
Nos mesmos períodos do ano passado, o resultado negativo estava em US$ 3,558 bilhões e US$ 29,592 bilhões, respectivamente. O resultado do mês passado ficou abaixo do esperado pelo BC, que previa um deficit de US$ 4,5 bilhões.
Um dos itens da conta-corrente é a balança de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros e outros), que registrou deficit de US$ 3,463 bilhões, em julho, e de US$ 23,142 bilhões, nos sete primeiros meses do ano.
A balança de serviços foi a que mais contribuiu para o resultado negativo das transações correntes.
A conta de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou resultado negativo de US$ 3,442 bilhões no mês passado, e de US$ 17,62 bilhões de janeiro a julho deste ano.
A balança comercial, formada por exportações e importações, por sua vez, contribuiu para compensar o resultado negativo dos outros itens da conta-corrente. No mês passado, o saldo positivo ficou em US$ 2,877 bilhões. Nos sete meses do ano, o superavit comercial chegou a US$ 9,946 bilhões.
As transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) tiveram ingresso líquido de US$ 263 milhões, em julho, e US$ 1,709 bilhão, nos sete meses de 2012.
Investimento estrangeiro
O Brasil atraiu US$ 8,421 bilhões em investimento estrangeiro direto em julho. No acumulado dos sete meses do ano, o investimento estrangeiro está em US$ 38,141 bilhões.
O resultado das contas externas tem mostrado que o Brasil, apesar das turbulências internacionais e do grau de incerteza envolvendo os países da zona do euro, continua sendo um pólo de atração de investimentos estrangeiros destinados à produção.
Com isso, o BC já tem considerado a possibilidade de que o IED possa cobrir integralmente o deficit em transações correntes no ano.
(Com informações da Reuters e da Agência Brasil)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.