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Deficit nas contas externas fica em US$ 3,7 bi em julho, abaixo do previsto pelo BC

Do UOL, em São Paulo

23/08/2012 11h04

O saldo das transações correntes, compras e vendas de mercadorias e serviços do país, teve resultado negativo de US$ 3,766 bilhões em julho e acumulou deficit de US$ 29,108 bilhões nos sete primeiros meses do ano. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Banco Central (BC).

Nos mesmos períodos do ano passado, o resultado negativo estava em US$ 3,558 bilhões e US$ 29,592 bilhões, respectivamente. O resultado do mês passado ficou abaixo do esperado pelo BC, que previa um deficit de US$ 4,5 bilhões.

Um dos itens da conta-corrente é a balança de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros e outros), que registrou deficit de US$ 3,463 bilhões, em julho, e de US$ 23,142 bilhões, nos sete primeiros meses do ano.

A balança de serviços foi a que mais contribuiu para o resultado negativo das transações correntes.

A conta de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou resultado negativo de US$ 3,442 bilhões no mês passado, e de US$ 17,62 bilhões de janeiro a julho deste ano.

A balança comercial, formada por exportações e importações, por sua vez, contribuiu para compensar o resultado negativo dos outros itens da conta-corrente. No mês passado, o saldo positivo ficou em US$ 2,877 bilhões. Nos sete meses do ano, o superavit comercial chegou a US$ 9,946 bilhões.

As transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) tiveram ingresso líquido de US$ 263 milhões, em julho, e US$ 1,709 bilhão, nos sete meses de 2012.

Investimento estrangeiro

O Brasil atraiu US$ 8,421 bilhões em investimento estrangeiro direto em julho. No acumulado dos sete meses do ano, o investimento estrangeiro está em US$ 38,141 bilhões.

O resultado das contas externas tem mostrado que o Brasil, apesar das turbulências internacionais e do grau de incerteza envolvendo os países da zona do euro, continua sendo um pólo de atração de investimentos estrangeiros destinados à produção.

Com isso, o BC já tem considerado a possibilidade de que o IED possa cobrir integralmente o deficit em transações correntes no ano.

(Com informações da Reuters e da Agência Brasil)