Renovação antecipada de elétricas pode aumentar risco de apagão, diz Copel
O processo de renovação antecipada e condicionada de concessões elétricas que venceriam de 2015 a 2017 pode afetar investimentos no setor e reduzir sua confiabilidade, disse nesta terça-feira (13), em Brasília, o presidente da estatal paranaense de energia Copel (CPLE6).
Segundo Lindolfo Zimmer, o setor elétrico tem muitos ativos antigos que precisam ser revitalizados e o risco de apagões pode aumentar.
Em 11 de setembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz ficaria mais barata para consumidores e empresas a partir de 2013. A medida era uma reivindicação antiga da indústria brasileira para tornar-se mais competitiva em meio à crise global.
Para conseguir baixar a conta de luz, o governo precisou "mudar as regras do jogo" com as companhias concessionárias de energia, e antecipou a renovação dos contratos que venceriam em 2015. Em troca de investimentos feitos que ainda não tiveram tempo de ser “compensados”, ofereceu uma indenização a elas.
Algumas empresas do setor elétrico ofereceram resistência ao acordo, alegando que perderiam muito dinheiro. Caso elas não aceitem as novas regras, o governo deve ter dificuldades para conseguir baixar a conta de luz.
Desde o anúncio de Dilma, as ações de empresas ligadas ao setor passaram a operar em baixa na Bolsa de Valores, e algumas chegam a acumular queda de mais de 40% em dois meses. Com isso, o setor elétrico, que era historicamente atrativo por ter resultados e dividendos estáveis ou crescentes mesmo em crises econômicas, passou a ser alvo de desconfiança de investidores desde então no mercado acionário brasileiro.
(Com informações da Reuters)
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