Lojas virtuais aumentaram os preços em até 8,5% antes da Black Friday
Os preços dos produtos vendidos durante a Black Friday no Brasil subiram dias antes da ação promocional. A alta média foi de 8,5%, segundo pesquisa feita pelo Programa de Administração de Varejo (Provar) divulgada nesta quinta-feira (13).
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"O comportamento monitorado não permite afirmar que houve, de fato, uma promoção. Tal comportamento acaba por desacreditar tais iniciativas", diz o Provar, em nota.
A exemplo da Black Friday americana, realizada logo depois do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, a liquidação brasileira foi realizada em 23 de novembro.
No dia da Black Friday, o Procon de São Paulo chegou notificar empresas que participam da ação, por suspeita de maquiagem de descontos.
A pesquisa foi feita em parceria com a consultoria Felisoni Associados e com a Íconna, que desenvolveu um software para captar e comparar os preços.
Pesquisa comparou preços de 1.728 produtos
O estudo do Provar foi feito a partir da comparação de preços de 1.728 produtos em 12 lojas virtuais, em cinco períodos diferentes.
Segundo a pesquisa, os preços cobrados entre os dias 21 e 22 de novembro estavam 8,5% mais altos em comparação com os valores observados entre os dias 12 e 20 de novembro.
No próprio dia da Black Friday, 23 de novembro, os preços estavam 0,06% mais altos em comparação aos dois dias anteriores. Outra alta, de 0,26%, foi observada nos dias 24 e 25 de novembro.
A única redução de preços ocorreu entre os dias 26 de 30 de novembro. Segundo o estudo, a queda média, nesse caso, foi de 0,29%.
Segundo o estudo, dos 1.728 produtos analisados, 821 (47,5%) não sofreram alteração de preço em todos os períodos pesquisados.
Ainda de acordo com a pesquisa, 600 produtos (34,7%) tiveram os preços aumentados antes da liquidação.
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