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Consumidor pode descobrir pela internet se está com nome sujo

Do UOL, em São Paulo

04/02/2013 15h07

O consumidor agora pode verificar gratuitamente, pela internet, se está com o CPF cadastrado no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). A possibilidade passou a ser oferecida na semana passada pela Boa Vista Serviços, que administra o cadastro.

Até agora, o consumidor só ficava sabendo sobre a inclusão de seu nome no cadastro quando recebia um comunicado por carta. Esse comunicado ainda será enviado, mas, pela internet, o consumidor poderá ter conhecimento da pendência a qualquer momento, antes mesmo de receber a correspondência.

Com a informação em mãos, o consumidor já poderá procurar a empresa para a qual deve, e acelerar a regularização da sua situação.

Apenas dono do CPF tem acesso aos dados

Para fazer a consulta, é preciso fazer um cadastro prévio no site, informando, além do CPF, dados como a data de nascimento e o nome da mãe. É preciso informar também um telefone celular e um endereço de email, para receber um código de verificação. Depois, é preciso criar uma senha para acessar o sistema. 

Segundo a Boa Vista Serviços, apenas o dono do CPF terá acesso aos dados.

A coordenadora institucional da associação Proteste, Maria Inês Dolci, diz que vê com preocupação a questão da privacidade dos dados dos consumidores. "O consumidor tem de saber para onde vão as informações dele e quem está usando. Se os dados não forem repassados, não vejo problema em disponibilizar essa consulta."

Cadastro positivo deve começar a funcionar até agosto

Uma ferramenta mais polêmica, porém, já começa a ser desenvolvida por empresas como a própria Boa Vista e também pela Serasa. Trata-se do Cadastro Positivo, um banco de dados com informações sobre o histórico de pagamentos dos consumidores.

Os defensores do cadastro dizem que ele vai estimular as instituições financeiras a reduzir os juros cobrados dos consumidores com histórico de bom pagamento.

Entidades de defesa do consumidor, porém, temem que o cadastro viole a privacidade das pessoas. A inclusão do nome na lista vai depender de autorização prévia do consumidor.

Os cadastros devem começar a entrar em operação em agosto.