Consórcios batem recorde de vendas em 2012, com R$ 80 bi
As vendas de bens e serviços por meio de consórcios bateram recorde em 2012, com o total de negócios chegando a R$ 80,1 bilhões. Houve aumento de vendas de 4,8%, ante o ano anterior, para 5,18 milhões de participantes – número que cresceu 11,4%.
“Foi um resultado”, afirmou, nesta quarta-feira (20), o presidente executivo da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, Paulo Roberto Rossi.
Ele, no entanto, disse que o número de novas cotas vendidas (2,53 milhões, com um avanço de 1,6%) ficou abaixo do que era previsto no início do ano passado, quando a projeção era crescer entre 7% e 9%. Para 2013, a expectativa é aumento entre 5% e 7%.
O executivo diz acreditar que a evolução econômica do país abriu um leque de oportunidades, com ampliação da capacidade de consumo da população. Na opinião dele, o consumidor está mais consciente e capaz de planejar a aquisição de bens no futuro, que é a essência das compras feitas por meio de consórcios.
Vedete é a motocicleta, com 45% das vendas
O produto que mais tem ampliado a participação nos negócios é a motocicleta, que registrou participação de 45,1% nas vendas no ano passado. Houve crescimento de 6,3% no número de participantes (2,38 milhões), e os negócios alcançaram R$ 14,9 bilhões ou 8% a mais do que em 2011.
O fato de ser um veículo de custo mais baixo em relação aos demais e possibilitar ingresso em grupos fechados para um período mais longo de pagamento, transformaram a motocicleta em um bem de sucesso, principalmente, entre as classes C e D, justificou Rossi.
Na área de veículos leves, tradicional nicho do setor, com 85,7% do total participantes ativos e com representação de 12,5% nas vendas feitas no mercado interno, foram negociados 2,28 milhões de cotas novas ou 4,1% acima do ano anterior. O volume financeiro teve alta de 18,6% com R$ 37 bilhões.
Consórcio de imóveis tem queda
A única queda constatada foi com o consórcio de imóveis, cujas cotas ficaram 13,8% abaixo de 2011, e os negócios em R$ 20 bilhões caíram 16,3%.
“É reflexo do comportamento do consumidor eu se retrai para esperar o rumo que o mercado tomaria diante das oscilações de preços praticados na oferta de imóveis”, apontou Rossi.
Para ele, neste ano, a tendência é uma acomodação dos valores cobrados e isso deverá ter efeito positivo sobre a procura das cartas de crédito por meio dos consórcios.
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