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Micro e pequenos negócios representam 97% do comércio de alimentos

Do UOL, em São Paulo (SP)

05/08/2013 12h36

As MPEs (micro e pequenas empresas) e os  MEIs (microempreendedores individuais) detêm 97,7% do comércio de alimentos no Brasil, segundo estudo da Serasa Experian, apresentado nesta segunda-feira (5), na 33ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor e 16ª Sweet Brasil International Expo, em Fortaleza (CE).

A pesquisa abrangeu todos os estabelecimentos que trabalham com a venda de alimentos, como docerias, minimercados, sorveterias, padarias, bares, restaurantes e outros.

As micros empresas –com faturamento anual entre R$ 60 e R$ 360 mil– representam 47% do total. Em seguida vêm os pequenos negócios –com ganhos entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões ao ano– e os MEIs – que faturam até R$ 60 mil anualmente– com 38% e 12,7%, respectivamente.

As grandes e médias empresas representam apenas 2,3% do total de negócios em atividade no varejo alimentar.

O estudo também mostra a distribuição regional dos estabelecimentos de alimentação. Metade do total (50,2%) está no Sudeste; 20,1% no Sul e 18,1% do varejo alimentar são da região Nordeste. Já as regiões Centro Oeste e Norte concentram, respectivamente, 7,1% e 4,5% do setor.

Outro dado revelado pelo estudo diz respeito à representatividade dos MEIs em cada região do Brasil. Na região Norte, para cada cem estabelecimentos de varejo alimentar, 21 são MEIs.

No Nordeste, são 17 MEIs para cada cem estabelecimentos alimentares. No Centro-Oeste, eles são 16; no Sudeste, 11; e no Sul, 8 MEIs a cada cem pontos de venda.

No primeiro semestre de 2013, o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio registrou alta de 6,1% na atividade do varejo alimentar, desempenho considerado bom pelos especialistas e que denota a capacidade de crescimento deste mercado.

Segundo o diretor do segmento atacado da Serasa Experian, Nilson Gomes, o estudo revela o mapa do varejo alimentar no país e mostra a relevância das micro e pequenas empresas na distribuição dos produtos para as famílias brasileiras.

“Os números ressaltam o papel fundamental do atacadista na cadeia produtiva nacional”, diz o diretor. “O grande varejo compra diretamente da indústria, enquanto o pequeno estabelecimento conta com a alta capilaridade de atuação do atacadista distribuidor.”