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Percentual de paulistanos endividados é o menor desde 2012, diz Fecomercio

Do UOL, em São Paulo

02/01/2015 10h00

O percentual de famílias endividadas na capital paulista caiu de 43,8%, em novembro, para 43,1%, em dezembro, segundo pesquisa mensal feita pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Esse é o nível mais baixo desde fevereiro de 2012, mês em que o índice alcançou 42,4%.

Também houve queda em relação a dezembro de 2013, quando o indicador chegou a 53,8%.

Para a FecomercioSP, a queda do indicador está relacionada ao cenário de baixo crescimento, menor incremento da renda do consumidor, inflação e juros em trajetória de alta.

De acordo com a entidade, esses fatores têm deixado o paulistano mais cauteloso na tomada de novos financiamentos, o que reduz o nível de endividamento das famílias.

Segundo a pesquisa, o principal tipo de dívida ainda é o cartão de crédito, utilizado por 68,6% das famílias entrevistadas. Em seguida estão financiamento de carro (22,6%), carnês (18,9%), financiamento de casa (14,1%), crédito pessoal (13,3%) e cheque especial (7,1%).

Famílias de baixa renda estão mais endividadas

O endividamento é maior entre as famílias de baixa renda, que sentem mais intensamente os efeitos da inflação, segundo a FecomercioSP. O porcentual de endividamento alcançou 45,4% nas famílias que ganham até dez salários mínimos, em relação aos 47% em novembro, o que representa recuo de 1,6 ponto porcentual.

Entre as famílias que possuem renda acima de dez salários mínimos, o índice de endividamento chegou a 36,4%, avanço de 1,9 ponto porcentual em relação aos 34,5% do mês anterior.

A proporção de famílias inadimplentes subiu de 10,5%, em novembro, para 10,9%, em dezembro. No entanto, ficou abixo do registrado no mesmo período do ano passado, quando era de 16,8%.

Já o porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso registrou leve alta, alcançando 3,7% em dezembro ante 3,5% em novembro. O patamar, no entanto, é menor do que o de dezembro de 2013, quando foi de 5,4%.