Pesquisa: mesmo perdendo para a inflação, poupança é aplicação mais popular
A poupança é o investimento mais usado pelos brasileiros que buscam segurança, apontou uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (7). A popularidade da caderneta continua em alta, apesar de ela estar rendendo menos que a inflação (leia mais abaixo).
O estudo feito pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) tentou descobrir quais são os investimentos preferidos pelos brasileiros. Os entrevistados puderam escolher mais de uma opção.
A poupança é disparada a modalidade de investimento mais popular, citada por 69,5% dos entrevistados em todo o país. O principal motivo para escolher a caderneta é a busca por estabilidade, de acordo com a pesquisa.
Investir em imóveis foi a escolha citada por 28,8% dos entrevistados e a previdência privada, por 8,9%. Assim como acontece com a poupança, a segurança é a principal razão para escolher esses produtos.
Dos entrevistados, 5,9% disseram aplicar em fundo de investimento, e o produto é escolhido principalmente pela indicação do gerente do banco (33,8%).
Poupança perdeu para a inflação
A poupança é um investimento que costuma investidores por sua segurança, simplicidade e também por não pagar Imposto de Renda nem taxa de administração. Mas, com a inflação em alta, ela tem perdido rentabilidade.
No ano passado, por exemplo, a poupança teve valorização de 8,15%, enquanto a inflação oficial no ano foi de 10,67%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso significa que quem guardou suas economias na poupança viu seu poder de compra cair, em vez de aumentar.
Pode ser uma boa opção para quem tem pouco dinheiro para guardar ou para quem vai precisar do dinheiro em pouco tempo, segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Mas, segundo ela, é preciso ponderar que oferece um retorno menor.
Por que os brasileiros poupam?
O principal motivo que faz os brasileiros guardarem dinheiro é se prevenir caso haja imprevistos, como doenças ou morte (28,6%). Em seguida, aparece o desejo de garantir um futuro melhor para a família (28%), segundo a pesquisa.
Também foram citadas a aposentadoria (21,5%), a compra da casa própria (21,2%) e a reserva para o caso de ficar desempregado (19,5%).
'Não sobra dinheiro'
Segundo a pesquisa, a maioria das pessoas que não têm nenhum tipo de investimento (61,9%) alega que nunca sobra dinheiro para guardar.
Já 20,7% dizem não ter esperança de, guardando de pouquinho em pouquinho, conseguirem juntar um bom valor no longo prazo. Outros 9,9% afirmam que não têm disciplina para guardar dinheiro.
Metodologia
De acordo com o SPC, a pesquisa procurou avaliar o grau de educação financeira dos brasileiros e entender como o consumidor se relaciona com o dinheiro.
Foram entrevistados 804 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais nas 27 capitais.
A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.
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