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Analistas pioram projeção para queda do PIB em 2016, diz BC

Do UOL, em São Paulo

05/09/2016 08h50

Economistas consultados pelo Banco Central pioraram a estimativa de queda do PIB (Produto Interno Bruto) para o fim de 2016 e mantiveram as projeções para inflação e juros. 

Veja as estimativas para 2016 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (5) pelo BC:

  • PIB (Produto Interno Bruto): piorou de -3,16% para -3,20%;
  • Inflação: manteve-se em 7,34%
  • Taxa básica de juros (Selic): manteve-se em 13,75%;
  • Dólar: caiu de R$ 3,29 para R$ 3,26

Para o ano que vem, a projeção de crescimento do PIB melhorou, de 1,23% para 1,30%. 

Economia encolhe

A economia brasileira vive sua pior sequência de quedas dos últimos 20 anos. O PIB (Produto Interno Bruto) caiu 0,6% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Na comparação de um ano atrás, com o segundo trimestre de 2015, o PIB caiu 3,8%.

Nessa comparação anual, é a nona queda seguida. Em relação ao trimestre anterior, o PIB sofreu seu sexto recuo consecutivo. Em ambas as medições, trata-se da maior sequência de resultados negativos em 20 anos, desde 1996, quando se iniciou essa série histórica de dados.

Inflação 

A projeção para a inflação continua acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos para mais ou menos (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).

A estimativa para 2017 diminuiu de 5,14% para 5,12%. Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação caiu de 5,32% para 5,28%. 

A inflação oficial no Brasil acelerou e fechou julho em 0,52%.

Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve os juros em 14,25% ao ano

Entenda o que é o boletim Focus

Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.

Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.

Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.

(Com Reuters)

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