Bolsonaro diz que mercado mostra confiar em seu futuro ministro da Fazenda
Do UOL, em São Paulo
03/10/2018 15h07
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou que a alta da Bolsa de Valores e a queda do dólar são uma demonstração de confiança do mercado em seu futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, caso ele seja eleito.
"Isso (reação do mercado) em grande parte vem da confiança que eles têm no nosso, no que depender de mim, futuro ministro da Fazenda e do Planejamento", disse Bolsonaro na terça-feira (2), em transmissão ao vivo no Facebook, explicando que o Planejamento será um subministério.
"Se o mercado reage dessa maneira é porque acredita na pessoa, na vida pregressa, no conhecimento, na capacidade do Paulo Guedes."
Leia também:
- Mercado financeiro vive euforia com pesquisas eleitorais
- Eleição: boatos são usados para especulador ganhar com Bolsa e dólar
- O que é o mercado financeiro e por que ele influencia tanto as eleições?
- Por que o dólar que eu compro é mais caro que o divulgado na mídia?
Na terça, o dólar comercial fechou em queda de 2,08%, a R$ 3,935 na venda, menor valor desde 17 de agosto (R$ 3,915). Foi a maior queda percentual diária em mais de três meses, desde 15 de junho (-2,15%). Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 3,78%, a 81.593,85 pontos, maior nível em mais de quatro meses, desde 22 de maio (82.738,88 pontos). Foi o melhor resultado da Bolsa em quase dois anos, desde 7 de novembro de 2016, quando subiu 3,98%.
Nesta quarta-feira (3), o dólar operava em queda, abaixo de R$ 3,90, e a Bolsa subia mais de 2%.
O desempenho do mercado ocorreu após pesquisa Ibope mostrar, na segunda-feira (1º), aumento da vantagem de Bolsonaro na liderança da corrida presidencial. Pesquisa Datafolha divulgada na noite de terça também apontou um aumento na vantagem de Bolsonaro, com 32% das intenções de voto, contra 21% do segundo colocado, Fernando Haddad (PT).
Resultados de pesquisas, notícias sobre candidatos e boatos deixam o mercado financeiro agitado, favorecendo a especulação na Bolsa de Valores e no câmbio.
(Com Reuters)