Mudar imposto pode criar 5 milhões de empregos em um ano e meio, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a mudança de imposto sugerida pelo secretário especial de Receita, Marcos Cintra, poderia criar até 5 milhões de empregos em um ano e meio porque "o trabalhador vai ganhar mais e vai custar menos". A declaração foi feita após almoço com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
"Estamos pensando, justamente, em tributar um espaço novo. De pagamentos, para ter base boa e desonerar a folha de pagamentos. Você vai ter um choque de empregos. De repente, você vai gerar 2, 3, 4 ou 5 milhões de empregos em um espaço de um ano, um ano e meio. Empregos novos, porque você desonerou a folha de pagamentos. O trabalhador vai ganhar mais e vai custar menos", declarou Guedes.
A afirmação de Guedes foi uma resposta à polêmica criada ontem após entrevista de Marcos Cintra, que sugeriu criar um imposto sobre pagamentos. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) divulgou vídeo negando a criação de um novo imposto, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou que a proposta não passaria na Casa.
'Liberais não aumentam impostos'
A ideia, segundo Guedes, é substituir uma cobrança por outra.
"Os liberais não aumentam impostos; eles reduzem ou fazem substituição tributária. Então, o que o Marcos Cintra estava falando é que, no futuro próximo, gostaríamos de desonerar [tirar impostos] totalmente a folha de pagamentos. Achamos que é um imposto cruel, perverso. São 50 milhões de brasileiros que não contribuem para a Previdência", disse.
As declarações de Cintra, disse Guedes, foram mal interpretadas. O ministro declarou que todos que fazem pagamentos terão de pagar os impostos, inclusive traficantes e bandidos.
"Aí é que está, eu preferia que ele tivesse falado que os bandidos vão pagar, os traficantes vão pagar. Ele falou logo igreja? Deu azar. Quem vai pagar é bandido, traficantes, todo mundo que faça pagamentos. Então, essa que era a ideia dele", disse Guedes.
Igrejas manterão benefícios
Guedes disse, ainda, que as igrejas continuarão a ter as imunidades que possuem atualmente.
"E quando ele falou de imunidade... evidente que as igrejas vão manter a imunidades que têm. Igreja não paga imposto de renda, imposto sobre propriedade. Todas as imunidades que elas têm, ninguém vai mexer com isso", disse.
Ajuda a estados
O ministro da Economia também declarou que aguarda o momento político mais adequado para enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei para socorrer e antecipar receitas aos estados e municípios. Segundo ele, os entes da federação que realizarem ajuste fiscal e privatizarem empresas públicas receberão recursos da União.
"Vamos ajudá-los. Os que quiserem antecipar privatizações, nós temos o BNDES para ajudar, e da mesma forma vão entrar no tema do pacto federativo. As receitas que vão sair com concessões, leilões de pré-sal, os royalties e bônus também serão repassados para estados e municípios", disse.
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