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Lacre ou lucro? Estudo mede maturidade de 284 marcas no mundo digital

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/12/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Classificação inclui quatro estágios de desenvolvimento: iniciante, básica, madura e expert
  • Das 284 marcas analisadas, apenas 12 alcançaram o nível mais alto do IMD (Índice de Maturidade Digital)
  • Nike, Magazine Luiza e Havan ficaram nas três primeiras colocações do ranking

Que empresas se relacionam melhor com seus consumidores no mundo digital? Um estudo feito pelo Grupo Isobar Brasil mediu o grau de maturidade digital de 284 empresas no Brasil. A classificação inclui quatro estágios de desenvolvimento: iniciante, básica, madura e expert.

O estudo abrangeu empresas que faturam mais de R$ 1 bilhão, de quatro setores econômicos: Varejo, Bens de Consumo, Saúde e Educação. O levantamento considerou como os consumidores são impactados e como eles se conectam com a marca em três dimensões: mobile, search (busca orgânica) e social (redes sociais).

Das 284 marcas analisadas, apenas 12 (ou 4%) alcançaram o nível mais alto do IMD (Índice de Maturidade Digital). As cinco primeiras colocadas no ranking foram:

  1. Nike
  2. Magazine Luiza
  3. Havan
  4. O Boticário
  5. Burger King

"A Nike é destaque, principalmente, por ser uma marca muito ativa nas redes sociais, por comunicar bem e entender seu público. Podemos considerar que ela está numa praça, e não num castelo", declarou Luiz Bispo, gerente sênior da Cosin Consulting, empresa do grupo responsável pelo estudo.

Varejistas à frente

Segundo o estudo, as varejistas são as marcas mais adiantadas em relação à transformação digital. Mais da metade das empresas analisadas do setor estão nos estágios "maduro" (47%) e "expert" (7%).

"A conexão com os clientes é importantíssima. Como elas se posicionam, como captam valores e como estão na busca orgânica são aspectos fundamentais para um bom desenvolvimento", afirmou Jacqueline Santos, gerente de Projetos da Cosin Consulting.

Um dos problemas detectados, segundo o estudo, é a falta de integração entre as estratégias de mobile, social e busca, que permitiria que uma alavancasse a outra.

Como foi feito o estudo

O IMD Brasil 2019 foi produzido a partir da ótica do consumidor, por meio da percepção e experiência digital, imagem e feedback que ele oferece sobre as marcas. Foram analisadas evidências retiradas dos canais oficiais das marcas ou ambiente online por meio de ferramentas para captura de dados e de análises individuais dos itens.

Na dimensão 'Mobile', foram avaliados os sites das empresas, a presença na área de mensagens diretas e seus aplicativos. Em 'Busca', o estudo avaliou a performance das marcas em determinadas palavras-chave relativas a seus mercados na busca orgânica no Google. Foram pesquisadas cerca de 30 combinações de palavras-chave por segmento de atuação.