Eco Moliterno, da Accenture: Marcas precisam fazer menos, com mais verdade

Como as marcas atuaram durante a pandemia? E o que fica de lição para 2021? Para fala sobre estes temas, o podcast Mídia e Marketing, do UOL, realizou uma edição especial, ao vivo, na tarde de ontem (17).

O convidado da vez foi Eco Moliterno, publicitário e líder de criação da Accenture Interactive, uma das maiores consultorias do mundo, que trabalha em várias —inclusive na publicidade.

"Teremos duas grandes frentes agora. Primeiro é fazer 'mais com menos'. Com toda a crise, vamos ter que encontrar soluções. Por outro lado, vem o que eu chamo de "fazer menos coisas com mais propósito". Precisamos de mais verdade, [de ações] que tenham mais relevância para as pessoas", afirmou o criativo (no arquivo acima, este trecho está a partir de 28:40).

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Como bons exemplos, Eco citou as campanhas que uniram concorrentes durante a pandemia - como as realizadas pelas operadoras Claro, Vivo, Oi e TIM, e o 'Movimento Nós', promovido por Ambev, Aurora Alimentos, BRF, Coca-Cola, Heineken, Mondelez, Nestlé e PepsiCo.

"Esse movimento de união, de empatia, extrapolou para o mundo profissional. Torço para que isso não volte atrás. Essa é uma tendência positiva que chegou para ficar. Marcas deram exemplos que espero que sirvam para todo mundo", declarou (a partir de 31:10).

10 anos em 10 meses

Eco também falou sobre a transformação digital que atingiu toda a indústria, causada, principalmente, pelo isolamento social.

"Muitas marcas já vinham num movimento de 'DTC' (direct to consumer, em inglês), de vender diretamente ao consumidor. O que era uma vontade, virou uma necessidade", disse (a partir de 2:27:01).

O digital abriu nova fonte de relacionamento e supriu as necessidades (do varejo). Antes era 'olho no olho' e agora é 'tela na tela'. Se todos precisam migrar? Não sei. Não existe verdade absoluta. Cada empresa tem que entender qual o melhor caminho", afirmou (a partir de 7:10).

Ruptura no modelo

Para o executivo, as empresas têm vivido uma ruptura no modelo clássico do marketing.

"Antes existiam empresas de produtos ou de serviços. Hoje, isso mudou. As empresas agora precisam fazer os negócios dos pontos de vista do consumidor. A palavra, hoje, é experiência, declarou (a partir de 9:50).

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