48% dos profissionais qualificados aprovam home office, diz pesquisa
Um estudo mostra que, para 48% dos profissionais qualificados e com formação superior, a experiência do home office é positiva. Mesmo assim, ainda há algumas questões que precisam ser melhoradas, como o impacto do trabalho remoto na saúde mental e espaço adequado para exercer as atividades.
Essa é uma das conclusões feitas pela consultoria Robert Half, que aponta também que esses profissionais estão com perspectivas otimistas para o futuro.
O levantamento, feito no mês de fevereiro, mostra que a opção pelo trabalho em casa foi adotada por 76% dos profissionais ouvidos, e que, para 48% deles, o equilíbrio entre qualidade de vida e trabalho melhorou desde o início da pandemia.
Os principais motivos destacados foram:
- Redução do estresse por conta da ausência de deslocamentos (42%);
- Mais tempo para conviver com a família (29%);
- A sensação de que estar em casa reduz a pressão vivida no ambiente físico do trabalho (11%).
Ainda segundo o levantamento, 26% dos pesquisados apontam que o trabalho remoto não é nem melhor e nem pior e que tudo "continuou na mesma". Finalmente, outros 26% acreditam que o trabalho remoto piorou a qualidade de vida. Os motivos apontados foram:
- Piora da saúde mental (32%);
- Falta de contato próximo com a equipe e gestores (16%);
- Espaço físico inadequado para o trabalho (10%).
Previsão otimista para o futuro
Mesmo com queda pelo segundo trimestre consecutivo, o índice de confiança dos profissionais qualificados sobre o futuro segue acima dos 50 pontos (51,4), numa escala de 0 a 100. Para o presente, a confiança é bem menor - o índice beira 33.
Para o diretor geral da Robert Half, Fernando Mantovani, isso mostra que, mesmo com o pessimismo atual, os profissionais acreditam que os próximos meses serão positivos.
"Ficam claras que as incertezas sobre os rumos da crise sanitária ainda preocupam a população e influenciam o mercado de trabalho e a economia. Porém, as empresas que forem capazes de enxergar as adversidades como oportunidades para seguir quebrando paradigmas, terão mais chances de sucesso nos próximos meses", afirma Mantovani.
O estudo, que integra a 15ª edição do Índice de Confiança Robert Half, foi feito com base na percepção de 1.161 profissionais, divididos em recrutadores e profissionais qualificados empregados e desempregados, com 25 anos de idade ou mais e formação superior.
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